Em sua mensagem para esta jornada que tem como tema "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós", Bento XVI recorda que no Jubileu do ano 2000 o Papa João Paulo II se referia à necessidade de "renovar o empenho de levar a todos o anúncio do Evangelho “com o mesmo ímpeto dos cristãos dos primeiros tempos".
O Papa ressalta logo que esta tarefa "É o serviço mais precioso que a Igreja pode render à humanidade e a cada pessoa que busca razões profundas para viver em plenitude a própria existência".
Este dever de todo cristão “ressoa cada ano na celebração do Dia Mundial das Missões.
O incessante anúncio do Evangelho, de fato, aviva também a Igreja, o seu fervor, o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais para que seja sempre mais apropriado às novas situações – também aqueles que requerem uma nova evangelização – e animados do lançamento missionário.
“A missão renova a Igreja, revigora a fé e a identidade cristã, dá novo entusiasmo e novas motivações. A fé reforçada doando-a! A nova evangelização dos povos cristãos encontrará inspiração e sustento no empenho para a missão universal", afirmou o Papa.
Bento XVI afirma também que a tarefa de anunciar o evangelho "não perdeu a sua urgência. Na verdade, “a missão de Cristo redentor, confiada à Igreja, é ainda está bem longe de ser cumprida... Um olhar global da humanidade demonstra que tal missão está ainda no início e que devemos nos empenhar com todas as forças ao seu serviço".
"Aconteceu uma mudança cultural, alimentada também pela globalização, dos movimentos de pensamento e do prevalecente relativismo, uma mudança que leva a uma mentalidade e um estilo de vida que desconsidera a Mensagem evangélica, como se Deus não existisse, e que exalta a busca do bem-estar, do ganho fácil, da carreira e do sucesso como objetivo de vida, mesmo às custas de valores morais”, explicou o Pontífice.
Bento XVI indica que “A missão universal envolve a todos, acima de tudo e sempre. O Evangelho não é um bem exclusivo daqueles que o receberam, mas é um dom a ser dividido, uma bela notícia a comunicar. E este dom-empenho é confiado não somente a alguns, bem como a todos os batizados, aquele “povo eleito, … nação santa, povo de Deus conquistado”, para que proclame as suas obras maravilhosas”.
“A atenção e a cooperação à obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem ser limitadas a alguns momentos e ocasiões particulares, e não podem nem mesmo ser consideradas como uma das tantas atividades pastorais: a dimensão missionária da Igreja é essencial, e portanto vem sempre presente", destacou.
O Santo Padre se referiu logo à ação solidariedade que vai ligada à ação missionária, procurando a melhora das condições de vida "das pessoas nos países nos quais mais graves são os fenômenos de pobreza, desnutrição, sobretudo infantil, doenças, carência de serviços sanitários e para a educação. Também isso entra na missão da Igreja. Anunciando o Evangelho, essa cuida da vida humana num sentido mais pleno".
"Não é aceitável, dizia o Servo de Deus Paulo VI, que na evangelização deixem de ser considerados os temas que envolvem a promoção humana, a justiça, a liberdade a cada forma de opressão, obviamente no respeito à autonomia da esfera política. Ignorar os problemas temporais da humanidade significaria “esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo sofredor e necessitado”; não estaria em sintonia com o comportamento de Jesus que “percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade".
"Assim, por meio da participação corresponsável para com a missão da Igreja, o cristão torna-se construtor da comunhão, da paz, da solidariedade que Cristo nos doou, e colabora com a realização do plano de salvação de Deus para toda humanidade".
O Papa destaca que "os desafios que esta encontra, chama os cristão a caminhar juntos aos outros, e a missão é parte integrante deste caminho com todos. Nessa nós levamos, mesmo em vasos de cristal, a nossa vocação cristã, o tesouro inestimável do Evangelho, o testemunho vivo de Jesus morto e ressuscitado, encontrado e acreditado na Igreja".
Finalmente o Papa fez votos para que “o Dia das Missões revive em cada um o desejo e a alegria de “andar” ao encontro da humanidade levando a todos Cristo. No Seu nome , de coração vos concedo a minha Bênção Apostólica, em particular aqueles que lutam e sofrem mais por causa do Evangelho”.
Fonte: Maria Rainha
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