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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Reflexão; Semana Santa



A semana santa tem diferentes nomes. Alguns povos a denominam “semana silenciosa”, querendo destacar que estes dias são diferentes dos demais. A quaresma também é denominada Época da Paixão. Mas, a intenção ao falar de uma semana santa é a mesma. Acompanhamos nestes dias os últimos passos de Jesus em Jerusalém, desde a sua entrada triunfal, no domingo de ramos, até sua morte, na sexta-feira, e a ressurreição, no domingo de Páscoa.

Um hino do século 17 descreve não só a intenção da semana santa, mas de toda a quaresma: “Cristo quero meditar no teu sofrimento, queiras tu iluminar o meu pensamento”. A semana santa deve ser vista dentro do “ciclo de Páscoa” do ano litúrgico da igreja. Inicia na quarta-feira de cinzas (40 dias antes da Páscoa, excetuando-se os domingos) e termina 40 dias depois da Páscoa, na quinta-feira em que se comemora a Ascensão de Jesus Cristo.

A semana santa, bem como a quaresma, tem data variável: cada ano é diferente. O domingo de Páscoa cai no primeiro domingo depois da lua cheia após 20 de março, que é a data nominal do equinócio da primavera no hemisfério Norte. A partir da data de Páscoa fixam-se as demais datas dos dias anteriores e posteriores. Também o carnaval respeita esta antiga tradição: 40 dias antes da Páscoa inicia a Quaresma e, no dia imediatamente anterior ao início deste tempo, festeja-se o carnaval.

Quaresma – Os 40 dias foram estabelecidos no século VIII porque o número 40 tem significado especial na Bíblia: lembramos os 40 dias de Moisés, do profeta Elias e de Jesus Cristo no deserto.

Quarta-feira de Cinzas – Neste dia começa a quaresma, sempre numa quarta-feira. Seu nome origina-se do costume de fazer o sinal da cruz na testa com cinzas, como sinal e símbolo de penitência, jejum e oração.

Ascensão – Quarenta dias depois do domingo da ressurreição termina o período de Páscoa, pois o livro de Atos relata que após a ressurreição Jesus apareceu “durante quarenta dias” aos discípulos e então subiu ao céu (Atos 1.1-11).

A semana santa no calendário litúrgico

Domingo de Ramos – Neste domingo anterior à Páscoa, com o qual começa a semana santa, lembra-se a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mateus 21.1-11).

Segunda-feira – Comemora-se a purificação do templo por Jesus (Mateus 21.12-13).

Terça-feira – Descrição de Jesus aos discípulos sobre a destruição de Jerusalém (Mateus 23.37-24.2).

Quarta-feira – Lembra a decisão de Judas de trair Jesus e entregá-lo por 30 moedas de prata aos sacerdotes (Mateus 26.14-16).

Quinta-feira Santa – Celebra a instituição da Santa Ceia e lembra a agonia de Jesus no jardim do Getsêmani. Igualmente, é lembrado como Jesus lavou os pés de seus discípulos (Mateus 26.26-30 e 36-46) (João 13.1-11).

Sexta-feira Santa – Lembra a crucificação e a morte de Jesus (Mateus 27.33-56).

Sábado de Aleluia – Reflete-se sobre o sepultamento de Jesus (Mateus 27.57-66).

Domingo de Páscoa – Celebração da ressurreição de Jesus (Mateus 28.1-10).

Significado teológico

“Nós pregamos a Cristo crucificado”, escreve o apóstolo Paulo na primeira epístola aos Coríntios (1.23). Não são os sinais e nem a sabedoria que devem estar no centro da reflexão e, com isto, da fé cristã, mas a morte de Jesus Cristo. Aqui está o centro de toda a teologia. Por este motivo, as igrejas cristãs têm no centro dos seus altares a cruz ou o crucifixo, como a lembrar que o acontecimento mais importante é a morte de Cristo.


O costume de celebrar a semana santa com todas as suas tradições, que se formaram ao longo dos séculos, pode ser um auxílio para compreender e memorizar que o centro de nossa fé cristã está na morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. O Cristo ressuscitado é o mesmo que morreu crucificado na Sexta-feira Santa. Mas a Semana Santa não se encerra com a sexta-feira, mas no dia seguinte quando se celebra a vitória de Jesus. Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição. 

P. em. Meinrad Piske, Brusque (SC)

sábado, 17 de março de 2012

CADASTRO DOS CATEQUISTAS CNBB

CATEQUISTA!

DIVULGUE ESSA INICIATIVA!

CADASTRO DOS CATEQUISTAS CNBB

www.cnbb.org.br/intranet/catequistas/ 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Campanha da Fraternidade 2012: Fraternidade e Saúde Pública

Campanha da Fraternidade 2012: Saúde Pública - Estimados companheiros e companheiras de caminhada da Pastoral da Saúde: É com enorme satisfação e o coração cheio de alegria, com lágrimas de felicidade, que lhes comunico sobre a escolha UNÂNIME por parte do CONSEP da CNBB para a Campanha da Fraternidade 2012 no Brasil sobre a "Saúde Pública". A votação e escolha foi na manhã desta quarta-feira (23/06) na sede da CNBB em Brasília. Só para o vosso esclarecimento, ontem (22/06) estivemos presente na reunião do CONSEP em Brasília para uma articulação estratégica com os bispos da Presidência da CNBB e do restante do CONSEP, além de articularmos com todos os assessores dos regionais da CNBB e assessores da própria CNBB, presentes naquela reunião. Foi um sucesso!

Só ouvimos elogios pela idéia e pela enorme articulação do abaixo assinado. Quero ressaltar e agradecer publicamente a ajuda e o apoio especiais da Irmã Delci e do Pe. Luiz Carlos (ambos assessores da CNBB) e de Dom Dimas (Secretário Geral da CNBB), e dizer que esta escolha não foi fácil. Havia mais de 15 temas propostos (oriundos dos regionais da CNBB, da Cáritas Brasileira e Pastoral da Mobilidade Humana) e o nosso foi um deles. Mas no final, pasmem, a escolha foi UNÂNIME e obtivemos 9 votos a favor e nenhum contra pelos bispos do CONSEP e Presidência da CNBB.

Quero ressaltar que não só nos dois últimos 2 dias, em Brasília, mas na última semana, com bastante articulação dos companheiros da Coordenação Nacional (Sebastião e Clemilde), conseguimos compor um bloco de 12 entidades, movimentos e pastorais que apoiaram a nossa causa. São eles(as): Comissão Brasileira de Justiça e Paz; Grito dos Excluídos Continental; Ibrades; Movimento em Defesa dos Direitos Sociais; Pastoral Carcerária; Pastoral da AIDS; Pastoral da Criança; Pastoral da Mobilidade Humana; Pastoral da Mulher Marginalizada; Pastoral da Pessoa Idosa; Pastoral da Sobriedade; Pastoral Operária, dentre outros(as). Obrigado a todos e a todas!

Ainda em tempo, entregamos formalmente, ontem (22/06), o nosso abaixo assinado à CNBB (para o Pe. Luiz Carlos - responsável pela CF da CNBB). Atingimos a fantástica marca de 142.352 assinaturas. Parabéns a todos nós que soubemos articular bem os nossos coordenadores (arqui)diocesanos e/ou locais e consequentemente os nossos agentes, verdadeiros responsáveis por esta vitória. 


Ainda não fui informado qual será o tema definitivo (Fraternidade e Saúde Pública ou Saúde: questão de prioridade) e ainda não foi escolhido o lema (será em agosto, na próxima reunião do CONSEP!). Mas a decisão pelo tema já foi tomada e apoiada por todos!


Meus caros companheiros, acho que hoje está sendo um dia muito especial para todos nós e compartilho cada instante deste dia maravilhoso com todos vocês e com todos os nossos agentes da Pastoral da Saúde. Somos muitos grato pelo esforço de cada um que acreditou neste projeto e o êxito incontestável com a escolha da CF 2012 mostra que o nosso trabalho pastoral nunca pode parar e devemos sempre acreditar, mesmo que o nosso sonho seja algo difícil de acontecer!  

Acreditamos, fizemos e agora vamos fazer uma breve comemoração, mas temos que frisar que a nossa responsabilidade agora se multiplicará de maneira exponencial. Temos muito trabalho pela frente e contamos com cada um de vocês! Quero lembrar que em 2012 teremos eleições municipais em todo o país, portanto a saúde se tornará ponto de discussão obrigatória para todos os candidatos e nós, juntos, vamos fazer isto acontecer! Parabéns!!             

Obrigado e Saúde e Paz!       


André Luiz de Oliveira           
Coordenador nacional da Pastoral da Saúde           
           

Campanha da Fraternidade 2012 
    
Desde 1964, cada ano, durante a Quaresma, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresenta a Campanha da Fraternidade. Durante esses 48 anos podemos dividir as CFs em três fases. Na primeira fase (1964 – 1972) houve uma busca da renovação interna da Igreja. Na segunda fase (1973 – 1984) a Igreja Católica preocupou-se com a realidade social do povo, denunciando o pecado social e promovendo a justiça. Na terceira fase (1985 – 2012) a Igreja voltou-se para situações existenciais do povo brasileiro. Normalmente não sabemos os nomes dos autores das Campanhas da Fraternidade, mas devido a importância do tema para 2012 o Texto-base apresenta os onze nomes dos componentes do Grupo de Trabalho que elaborou a CF de 2012. Cada Campanha da Fraternidade tem um Tema e um Lema. A Campanha para o ano 2012 tem como Tema: "A Fraternidade e a Saúde Pública" e como Lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra" (cf. Eclo 38,8)      



O Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade de 2012 é: "Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde" (p. 12 do Texto-Base). Além do objetivo geral a Campanha da Fraternidade para 2012 apresenta seis objetivos específicos. Estes são: "a) Disseminar o conceito de bem vier e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável; b) Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e a integração na comunidade; c) Alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe; d) Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos sócio-culturais de nossa sociedade; e) despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento; e f) Qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde" (cf. p. 12 do Texto-Base da CF).       

O texto base é dividido em três partes e uma conclusão olhando para o futuro. A primeira parte é titulada "Fraternidade e a Saúde Pública" e oferece um panorama atual da Saúde no Brasil. A primeira parte do Texto-Base afirma que os temas da saúde e da doença exigem uma abordagem ampla e sugere a proposta apresentada pelo "Guia para a Pastoral da Saúde", elaborada pela Conferência Episcopal Latino-Americano (CELAM). O GPS depois de dizer que a saúde é afirmação da vida e um direito fundamental que os Estados são obrigados a garantir, o referido documento define saúde assim: "Saúde é um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre" (cf. p.15 do Texto-Base e Guia para a Pastoral da Saúde na América Latina e no Caribe, CELAM, Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2010, ns 6-7). A primeira parte do Texto-Base também nos brinde com algumas tabelas e quadros interessantes mostrando: o melhoramento da taxa de mortalidade infantil nos últimos anos, o crescimento da população idosa, percentual de partos cesáreos, dados sobre obesidade, hipertensão arterial que atinge 44.7 milhões de pessoas, estimativas para várias formas de câncer e a evolução da freqüência de consumo abusivo de bebida alcoólico etc. (cf. Texto-Base: ps. 21, 23, 24, 31, 33, 35 e 43).   

A segunda parte é titulada "Que a Saúde se Difunda Sobre a Terra". Aborda doença no Antigo e Novo Testamento. Aborda Jesus curando os doentes. Diz o Evangelho: "Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo" (cf. Mt 4, 23). O Texto apresenta a parábola do bom samaritano como paradigma de cuidado. Trata também do " horizonte humano e teológico do sofrimento" e os enfermos no seio da Igreja. Há também uma referência a Unção dos Enfermos, o sacramento da cura.    

A terceira parte ofereça "Indicações para a Ação Transformadora no Mundo da Saúde". Analisa a atual Pastoral da Saúde da Igreja e o papel dos agentes da mesma. Uma área importante encontrada na terceira parte do texto aborda a dignidade de viver e morrer. Trata com clareza de problemas como: eutanásia, distanásia e ortotanásia. Cite o Código de Ética Médica de 17 de setembro de 2009 e o pronunciamento do Santo Padre Bento XVl sobre estes assuntos. Além das propostas de ação da Igreja Católica na área de saúde, esta parte ofereça também "Propostas Gerais para SUS".      

A Conclusão mostra como, ao longo dos últimos anos, houve mudança no conceito de saúde: de 'caridade' para 'direito', e lamenta que esse direito está sendo "transformado em negócio" num mercado sem coração. Afirma também que no âmbito da saúde, faz-se necessário aprofundar e colocar em prática a chamada "bioética dos 4 Ps": Promoção da saúde, Prevenção de doenças; Proteção das vulneráveis presas fáceis de manipulação e Precaução frente ao desenvolvimento biotecnológico. O texto base termina com três anexos importantes: (i) A relevante trecho da Constituição Federal: a saúde como direito de todos e dever do Estado; (ii) O Serviço de preparação e animação da Campanha da Fraternidade; e (iii) O Gesto Concreto de fraternidade, partilha e solidariedade feito em âmbito nacional. O Texto-Base termina com uma rica bibliografia. 



Pe. Dr.Brendan Coleman Mc Donald C.Ss.R.,
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Homem e mulher como Deus criou!


No sexto dia Deus fecha sua criação com chave de ouro, criando homem e mulher à sua semelhança. Primeiro o homem, do pó da terra, o qual chamou Adão. E o interessante é que a única coisa que Deus não considerou boa foi o fato de o homem estar só (Gênesis 2:18). Então Deus, em toda sua sabedoria e bondade criou a mulher. Fez Adão adormecer e fez a mulher a partir de sua costela, carne da mesma carne. Homem e mulher foram criados pelo mesmo Deus, com a mesma imagem do criador. Isso significa que somos a mais bela arte do criador, pois Ele colocou sua própria imagem em nós. Despejou todo seu talento e criatividade ao ponto de repartir conosco alguns de seus atributos.

Deus nos criou diferente dos animais. Deus decidiu transbordar do seu ser na criação através do homem e da mulher. Esse é o significado de sermos criados a imagem de Deus. Possuímos qualidades especiais que fluem de Deus. Somos seres racionais. Temos sabedoria e senso de justiça. Somos criativos como o criador, capazes de inventar e fazer algo novo. Somos a parte da criação com maior potencial para glorificar o Deus criador, pois compartilhamos de características semelhantes as dEle. Homens e mulheres possuem esse privilégio de representar alguns atributos de Deus aqui na terra. Todos somos importantes da mesma maneira para Deus. Mesmo de diferentes jeitos e com diferentes personalidades, homens e mulheres tem o mesmo potencial para refletir a glória de Deus, mas isso não significa que  foram criados para exercerem os mesmos papéis.

Precisamos olhar para o exemplo da trindade quando o assunto é homem e mulher. Da mesma maneira que Pai, Filho e Espírito Santo são iguais em existência e importância, homens e mulheres também são. O que não podemos esquecer é que na trindade existe uma hierarquia e funções diferentes. Deus Pai é a autoridade máxima sobre o Filho e o Espírito. Na criação, por exemplo, O Pai fala e cria todas as coisas, que são realizadas mediante o Filho e tudo é sustentado pela presença do Espírito. Existe uma ordem na trindade. Existem papéis diferentes, exercidos por pessoas diferentes. No nosso caso, vemos claramente o homem como o cabeça sobre a criação, inclusive sobre a mulher. Deus criou adão primeiro e ordenou que ele cultivasse e guardasse o jardim (Gênesis 2:15). Eva foi criada depois, para ser uma auxiliadora. Como Paulo fala, o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher sim, foi criada por causa do homem (1 Coríntios 11:9). Adão tinha autoridade sobre os animais e lhes deu nomes, assim também como o próprio Adão deu nome à mulher (Gênesis 2:23). Da mesma forma, após a queda, mesmo Eva tendo pecado primeiro, Deus fala primeiro com Adão como responsável por aqueles atos. Não que a mulher seja inferior ou deva ser tratada como os animais, mas Deus criou o homem e o considera como o cabeça da família, aquele que tem a responsabilidade e será cobrado pelo criador.

Falando em homem e mulher, quando vemos essa parte da criação em Gênesis 1 e 2, percebemos a idéia de Deus para o casamento e o sexo. É muito simples! Deus criou um homem e depois uma mulher. Percebem? Deus não criou dois ou três homens e depois apenas uma mulher para eles. Deus também não criou um homem e depois duas ou três mulheres para ele. Nem muito menos Deus criou um homem para outros homem e uma mulher para outra mulher. Deus criou UM homem para UMA mulher e vice-versa. Nada fica mais claro do que isso na criação da humanidade. Essa é a equação que glorifica a Deus: 1 homem + 1 Mulher = 1. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. Gênesis 2:24

Essa é a vontade de Deus! O casamento é uma comunhão tão intensa entre o homem e a mulher ao ponto dos dois serem considerados, por Deus, “uma só carne”. Comunhão, essa, que é selada com o maior ato de amor e união entre o casal: o sexo! Deus criou o sexo como uma marca para identificar aqueles que são “uma só carne”. Deus colocou o melhor prazer possível nesse ato para que homem e mulher, casados, desfrutem um do outro em amor. Sexo fora do casamento é prostituição! É pecado! Você não pode ser “uma só carne” com quantas pessoas quiser.

Deus assim nos criou e precisamos respeitar sua boa e soberana vontade. Deus é rico em sabedoria e sabe o que faz. A criação é naturalmente monogâmica e heterossexual. Tendo o homem como o cabeça sobre a mulher e tudo isso para a glória de Deus. Não devemos questionar o criador em nada, somos apenas criaturas com um único objetivo, viver para a glória do Deus criador. Isso significa vivermos de acordo com tudo o que ele criou. Não somos como Deus, para inventarmos, tirarmos, ou acrescentarmos algo em sua perfeita criação.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dez Mandamentos - Para Pais com Filhos na Catequese


Dez Mandamentos
Para Pais com Filhos na Catequese

I
Não somos uma ilha. Assim como precisamos da família e da sociedade, para fazer nascer e crescer o nosso filho, mesmo que a primeira responsabilidade seja sempre nossa, também precisamos da Igreja, para que o nosso filho, renascido pelo Batismo, cresça conosco na fé.
II
Não nos bastamos a nós próprios na educação da fé, mesmo que sejamos os primeiros catequistas dos nossos filhos. Os catequistas da nossa paróquia estão à nossa disposição, não para ser nossos substitutos, mas para se tornarem nossos colaboradores na educação da fé. O seu trabalho, feito em comunhão com a Igreja, será sempre em vão, sem o nosso empenho e colaboração!
III
Não faltaremos à Catequese. A Catequese não é um «ensino» avulso e desorganizado. É uma educação da fé, feita de modo ordenado e sistemático, de acordo com o programa definido pelos Catecismos. As faltas à Catequese quebram a seqüência normal da descoberta e do caminho da fé. Velaremos pela assiduidade dos nossos filhos. E pelo seu acompanhamento, num estreito diálogo com o pároco e os catequistas.
IV
Não esperamos da Catequese que faça bons alunos. Antes, pretendemos que ela nos ajude a formar discípulos de Jesus, que O seguem, em comunidade. Não desprezaremos a comunidade dos seus discípulos, a Igreja, nos seus projetos, obras e iniciativas.
V
Não queremos, apesar de tudo, que a Catequese seja o nosso primeiro compromisso cristão. Participar na Eucaristia Dominical é um bem de primeira necessidade. Saberemos organizar a agenda do fim-de-semana, pondo a Eucaristia, em primeiro lugar. Custe o que custar!
VI
Não queremos que a Catequese substitua as aulas de Educação Moral e Religiosa Católica nem o contrário. Porque a Catequese, não é uma «aula», em ambiente escolar, dirigida, sobretudo à inteligência, e destinada a articular a relação entre a fé e a cultura. A Catequese é, sobretudo um «encontro», no ambiente da comunidade, que se dirige à conversão da pessoa inteira, à sua mente, ao seu coração, à sua vida. A disciplina de EMRC e a Catequese não se excluem mas implicam-se mutuamente.
VII
Não estaremos preocupados por que os nossos filhos «saibam muitas coisas». Mas alegrar-nos-emos sempre, ao verificarmos que eles saboreiam a alegria de serem cristãos, e vão descobrindo, com outros cristãos, a Pessoa e o Mistério de Jesus, o Amigo por excelência, o Homem Novo, o Deus vivo e o Senhor das suas vidas!
VIII
Não exigiremos dos nossos filhos, o que não somos capazes de dar. Por isso, procuraremos receber nós própria formação e catequese, para estarmos mais esclarecidos e mais bem preparados. Procuraremos estar onde eles estão. Rezar e celebrar com eles, de modo a que a nossa fé seja vivida em comum na pequena Igreja que é a família e se exprima na grande família que é a Igreja.
IX
Não exigiremos dos nossos filhos o que não somos capazes de fazer. Procuraremos pensar e viver de acordo com os valores do Evangelho. Sabemos bem que o testemunho é a primeira forma de evangelização. Deste modo, eles aceitarão melhor a proposta dos nossos ideais e valores.
X
Jamais cederemos à tentação de «mandar» os filhos à Catequese, para nos vermos livres deles ou para fugirmos às nossas responsabilidades.

SDEC (Porto) - Padre Amaro Gonçalo

Reuniões de Pais na Catequese – Desabafo de uma catequista

Sendo os pais os primeiros catequistas, é muito importante a sua participação em todas as atividades que se desenvolvem na paróquia, e em especial na catequese.


A bibliografia recomenda a realização de reuniões de pais, freqüentes, ao longo do ano de catequese, mas essa tem sido a nossa (grupo de catequistas) grande falta nos últimos anos, que, contudo, temos vindo a tentar resolver.


A verdade é que, em anos anteriores, reuniões de pais só existiam nos anos das festas ditas importantes, ou seja, 2º, 6º e, por vezes, 10º anos. Mas era notória a falta de articulação e de cooperação entre os catequistas e os pais. Por vezes, a sensação que tínhamos era a de os pais literalmente deixarem os filhos na catequese, aproveitando àquela hora para resolverem um ou outro recado. Queixávamo-nos, sentíamo-nos de certa forma de mãos atadas, mas a verdade é que esse era um grande problema na nossa paróquia. Em especial quando tentávamos transmitir às crianças a necessidade de participarem na Eucaristia, quando os próprios pais, seus modelos, não o faziam (ainda hoje essa é uma luta). Isso leva a outra questão, que não será aqui abordada (pelo menos hoje), a da necessidade de existir uma catequese de adultos.


Nos últimos anos temos tentado reverter esta situação, incentivando as catequistas a realizarem reuniões de pais, em todos os anos de catequese. A princípio, e talvez por receio, falta de preparação, ou até mesmo timidez, a maior parte dos grupos de catequese realizava apenas uma reunião de pais, durante todo o ano. A experiência em alguns grupos foi frutificante, em outros nem por isso, mas a partilha que cada uma das catequistas apresentou ajudou a reconhecer as necessidades e as virtudes de um encontro entre pais e catequistas. Nestes encontros, os pais acabam por tomar conhecimento das dificuldades que por vezes sentimos. Os tempos são outros, as crianças também e por vezes é difícil responder às solicitações que nos chegam. Além disso, não podemos esquecer que ser catequista é um trabalho voluntário, não remunerado e que por vezes pode até acarretar alguma despesa. É um serviço que exige disponibilidade, para preparar as catequeses, para fazer catequese, para nos prepararmos, para nos atualizarmos, para estarmos ao nível da criança dos dias de hoje.


Este ano, para além das reuniões que cada grupo realizou com os pais das suas crianças, realizamos ainda uma reunião geral. Não foi tão participada como o desejado (atendendo ao número de crianças que estão inscritas na paróquia), mas foi um começo. Talvez a desculpa seja a falta de hábito de se realizarem este tipo de reuniões, talvez... Talvez no próximo ano a participação seja maior... Talvez o que precisemos é de incentivar os pais a participarem mais ativamente (talvez seja mesmo a catequese de adultos).


Na passada sexta-feira reuni com os pais do meu grupo. Eu própria fico um pouco sem jeito ao falar com os pais, envergonhada. Ainda não me habituei a estar diante deles, é da minha maneira de ser, eu sei.


Das 40 crianças inscritas, apenas compareceram 10 pais. Fiquei desiludida, claro. Mas ao mesmo tempo, satisfeita por aqueles pais, por se interessarem pelos seus filhos, pela sua educação. Foi uma reunião animada onde lhes pedi colaboração. Expliquei-lhes o número elevado de crianças (embora em média apenas compareçam 30-35), a dificuldade de atender a todas, de lhes dar atenção, de ajudá-las na memorização das orações, na aprendizagem dos gestos do Sinal da Cruz, falei-lhes ainda na importância das faltas na catequese, na participação na Eucaristia. Compreenderam, mostraram-se atentos nestas dificuldades, comprometeram-se a apoiar. Eles querem ajudar os seus filhos na descoberta deste novo Amigo, Jesus.



sábado, 4 de fevereiro de 2012

Como o demônio se comporta - Pe. Gabriele Amorth



COMO O DEMÔNIO SE COMPORTA 
PADRE GABRIELE AMORTH 
EXORCISTA OFICIAL DA DIOCESE DE ROMA





Antes de ser descoberto,

durante o exorcismo,

na proximidade da saída

e após a libertação.



Duma forma geral, podemos dizer que o demônio faz tudo para não ser descoberto, mostra-se muito lacônico e procura todos os meios para desencorajar o paciente e o exorcista. Para melhor clarificação podemos classificar este comportamento em quatro fases: antes de ser descoberto, durante os exorcismos, na proximidade da saída e depois da libertação. Assinalamos igualmente que nunca se encontram dois casos iguais. O comportamento do Maligno é o mais variado e imprevisível. Só farei referência a certos aspectos de comportamento mais freqüentes.

1 – Antes de ser descoberto.

O demônio provoca distúrbios físicos e psíquicos: a pessoa envolvida procura tratar-se com médicos, mas nenhum suspeita da verdadeira origem do seu mal. Os médicos, em certos casos, começam um longo tratamento, testando diversos medicamentos, que resultam sempre ineficazes; por isso é vulgar que o paciente mude várias vezes de médico, acusando-os a todos de não entenderem a sua doença.

O tratamento dos males psíquicos é o mais difícil; muitas vezes os especialistas não notam nada (como também acontece com as doenças físicas), e a vítima passa por um “obcecado” aos olhos dos familiares. Uma das cruzes mais pesadas destes “doentes” reside no fato de não serem nem compreendidos, nem acreditados.

Quase sempre acontece que, estas pessoas, depois de terem batido às portas da medicina oficial, em vão, mais tarde ou mais cedo acabam por se dirigir a curandeiros, ou ainda pior a adivinhos, bruxos, quiromantes, ou feiticeiros. E assim ainda pioram os seus males.

Normalmente, quando alguém recorre a um exorcista (aconselhado por um amigo, raramente por sugestão de um padre) geralmente já fez o percurso pelos médicos que o deixaram numa desconfiança total e, na maioria dos casos, já foi aos bruxos ou similares. A falta de fé ou pelo menos o fato de não ser praticante, juntamente com a imensa e injustificável carência eclesiástica neste domínio, permitem compreender este tipo de comportamento. A maior parte das vezes é um verdadeiro acaso encontrar alguém que fale da existência de exorcistas.

Não esquecer que o demônio, mesmo nos casos de possessão total (em que é ele que falta e age servindo-se dos membros da sua infeliz vítima) não age continuamente, mas intercala a sua ação (designada em linguagem corrente sob a designação de “momentos de crise”), com fases de sossego mais ou menos longas.

Excetuando os casos mais graves, a pessoa pode prosseguir os seus estudos ou o seu trabalho de forma aparentemente normal, sendo ele o único na realidade a saber o preço desses esforços.

2 – Durante os exorcismos.

Em principio, o demônio faz tudo para não ser descoberto ou pelo menos para dissimular a amplitude da possessão, embora não o consiga sempre. Por vezes é obrigado a manifestar-se desde a primeira oração por causa da força dos exorcismos.

Lembro-me de um jovem que, quando recebeu a primeira bênção, apenas me inspirou uma ligeira desconfiança, então pensei ”É um caso fácil: uma ou talvez duas bênçãos será o suficiente para resolver o problema”. Na segunda vez, enfureceu-se a partir daí já não voltei a começar o exorcismo sem ter comigo quatro homens robustos, para o segurar.

Noutros casos é preciso esperar a hora de Deus. Recordo-me duma pessoa que tinha procurado vários exorcistas (incluindo a mim próprio) sem que alguém lhe tivesse encontrado alguma coisa de especial. Até que um dia o demônio manifestou-se aos exorcismos como habitualmente, com a freqüência necessária para libertar os possessos.

Em certos casos logo desde a primeira ou a segunda bênção o demônio revela por vezes toda a sua força que varia de pessoa para pessoa; outras vezes esta manifestação é progressiva; há pessoas que apresentam em cada sessão problemas novos. Dá a impressão de que todo o mal que está neles deve aparecer pouco a pouco para poder ser eliminado.

O demônio reage de forma muito diferente às orações e às ordens. Muitas vezes esforça-se por se mostrar indiferente mas, na realidade, ele sofre e o seu sofrimento vai aumentando até que se chegue à libertação. Alguns possessos ficam imóveis e silenciosos não reagindo às provocações senão com os olhos.

Outros lutam: convém então segurá-los para impedir os cativos de fazerem mal; outros lamentam-se, sobretudo quando se lhes aplica a estola sobre os locais dolorosos, como indica o Ritual, ou ainda quando se faz um sinal da cruz ou quando se asperge com água benta. Raros são os que se mostram com fúrias, mas esses devem ser segurados com firmeza pelos assistentes do exorcista, ou pelas pessoas da família.

No que se refere a falar, os demônios geralmente mostram-se muito reticentes. O Ritual determina justamente que não se façam perguntas por pura curiosidade, mas que se pergunte só aquilo que pode ser útil à libertação.

A primeira coisa é o nome: para o demônio, tão pouco dado a manifestar-se, o fato de revelar o seu nome constitui uma derrota; quando diz o nome, mostra-se sempre relutante em repeti-lo nos exorcismos posteriores. Ordena-se em seguida ao Maligno que diga quantos demônios habitam no corpo de paciente. Esse número pode ser elevado ou reduzido, mas há sempre um chefe que usa o primeiro dos nomes indicados.

Quando o demônio tem um nome bíblico ou dado pela tradição (por exemplo: satanás, ou belzebu, lúcifer, zabulão, meridiano, asmodeu...) trata-se de caça grossa, mais dura para vencer. Mas a dificuldade em grande parte reside na força com que o demônio tomou posse duma pessoa. Quando são vários demônios, o chefe é sempre o último a sair.

A força da possessão resulta também da reação do demônio aos nomes sagrados. Regra geral o maligno não pronuncia nem pode pronunciar estes nomes: Substitui-os por outras expressões como “Ele” para designar Deus ou Jesus, ou “Ela” para designar a Santíssima Virgem. Pode também dizer: “O teu chefe” ou “a tua patroa” para falar de Jesus ou de Nossa Senhora.

Por outro lado, quando a possessão é excessivamente forte o demônio é de um coro elevado (recordemos que os demônios conservam o coro que ocupavam enquanto anjos como os Tronos, os Principados, as Dominações...), então pode acontecer que pronuncie os nomes de Deus e de Santa Virgem, mas acompanhados de horríveis blasfêmias.

Muitas pessoas pensam, não se sabe porquê, que os demônios são linguareiros e que, se uma pessoa vai assistir a um exorcismo, o demônio vá enumerar todos os seus pecados em público. Não há nada mais falso, os demônios falam com precaução e quando se apresentam faladores, dizem coisas estúpidas a fim de distrair o exorcismo e de escapar ás suas perguntas. Podem acontecer exceções.

O Pe. Cândido, um dia convidou para assistir a um dos seus exorcismos um sacerdote que se gabava de não acreditar nisso.

Este aceitou o convite, e quando lá estava adotou uma atitude quase de desprezo ficando com os braços cruzados, sem rezar (ao contrário do que devem fazer os presentes) e com um sorriso irônico nos lábios. A certa altura o demônio dirigiu-se a ele: “Tu dizes que não acreditas em mim. Mas acreditas nas mulheres, nelas acreditas, ah sim, nelas acreditas e de que maneira!”. O desgraçado recuou devagarzinho em direção à porta e escapou-se a toda a pressa.

Outra vez o demônio fez a descrição dos pecados para desencorajar o exorcista. O Pe. Cândido ia benzer um belo jovem que tinha nele uma besta mais forte do que ele. O demônio tentou desencorajar o exorcista nestes termos: “Não vês que está a perder o teu tempo com este? Ele é daqueles que nunca rezam, é um dos que frequentam..., é um dos que fazem...”, seguindo duma longa série de vergonhosos pecados. No fim do exorcismo, o Pe. Cândido delicadamente tentou convencer o jovem a fazer uma confissão geral. Mas ele não queria saber de nada disso. Quase que foi preciso empurrá-lo à força para um confessionário; e lá apressou-se a dizer que não tinha nada de que tivesse de se acusar.

“Mas não fizeste tal coisa em tal ocasião?” insistiu o Pe. Cândido. E o jovem estupefato teve de reconhecer a sua falta. “E por acaso não fizeste aquilo?” e o desgraçado cada vez mais confuso, teve de reconhecer um após outro, todos os pecados que o Pe. Cândido lhe recordava, valendo-se das declarações do demônio. Depois, finalmente, recebeu a absolvição. E o jovem foi-se embora confuso: “Já não percebo nada! Estes padres sabem tudo!”.

Entretanto o Ritual sugere que se pergunte também há quanto tempo o demônio se encontra naquele corpo, por que razão, etc... Falaremos oportunamente acerca do comportamento que convém adotar em caso de bruxaria, questões que é preciso colocar e a maneira de agir.

Por agora sublinharemos que o demônio é o príncipe da mentira. Pode perfeitamente acusar tal ou tal pessoa a fim de suscitar suspeitas e inimizades. As respostas do demônio devem ser sempre passadas ao crivo cuidadosamente.

Contentar-me-ei em dizer que o interrogatório do demônio geralmente tem uma importância reduzida. Aconteceu muitas vezes por uma importância reduzida. Aconteceu muitas vezes pro exemplo que o demônio, ao sentir-se muito enfraquecido, respondia a perguntas relativas à data da sua saída e depois de fato não saía naquela data.

Um exorcista experimentando como o Pe. Cândido, que se apercebia imediatamente que tipo de demônio estava a enfrentar e adivinhava a maior parte das vezes até o seu nome, fazia muito poucas perguntas. Outras vezes quando perguntava o nome, o demônio respondia: “Tu já sabes”. E era verdade.

Em geral os demônios falam espontaneamente nos casos de possessões fortes, para tentar desencorajar ou amedrontar o exorcista. Eu próprio ouvi por diversas ocasiões frases do tipo: “Não podes nada contra mim!”; “Aqui é a minha casa!”; “Estou aqui bem e fico aqui!”; “Só estás a perder o teu tempo!”. Ou então ameaças: “Vou devorar-te o coração!”; “Esta noite o medo há de te impedir de fechares os olhos”; “Vou-me introduzir na tua cama como uma serpente”; “Hei de te fazer cair da cama abaixo”.

Porém, perante certas respostas, pelo contrário, fica silencioso. Quando eu lhe digo por exemplo: “Estou envolvido no manto da Virgem; o que é que tu podes fazer?”; “O Arcanjo Gabriel é o meu santo patrono; tenta lutar contra ele”; “o meu Anjo de guarda cuida para que nada me aconteça; não podes fazer nada”, etc...

Encontra-se sempre um ponto particularmente fraco. Alguns demônios não resistem à cruz feita com a estola sobre as partes doloridas; outras não resistem quando se sopra sobre a face do paciente, e outros ainda opõem-se com todas as suas forças à aspersão de água benta.

Existem também frases, nas orações de exorcismo ou noutras orações que o exorcista pode rezar às quais o demônio reage violentamente ou perdendo a força. Então basta insistir na repetição destas frases, como preconiza o Ritual.

O exorcismo pode ser longo ou breve: é o exorcista quem decide em função de diversos fatores. A presença do médico é útil por vezes, não só para estabelecer o diagnóstico inicial, mas também para dar a sua opinião quanto à duração do exorcismo.

Sobretudo quando o possesso não goza de boa saúde (se é cardíaco, por exemplo) ou quando o exorcista não se está a sentir bem: o médico então pode aconselhar que se termine. Em geral é o exorcista que se apercebe quando é inútil continuar.

3 – Na proximidade da saída.

É um momento difícil e delicado que pode durar muito tempo. O demônio por um lado faz parecer que já perdeu uma parte das suas forças, mas por outro lado tenta jogar as últimas cartadas. Muitas vezes tem-se a seguinte impressão: enquanto no caso de doenças vulgares, o doente vê melhorar o seu estado progressivamente até á cura completa, no caso de um possesso, produz-se o contrário, isto é, a pessoa em questão vê o seu estado sempre a piorar e no momento em que ela já não pode mais, fica curada.

Nem sempre as coisas se passam assim, mas é o que acontece com mais freqüência.

Para o demônio, deixar uma pessoa e voltar para o inferno, onde quase sempre fica condenado a permanecer, significa morrer eternamente e perder toda a possibilidade de se mostrar ativo, incomodando as pessoas. Ele exprime este desespero em expressões que são repetidas muitas vezes durante os exorcismos: “Eu morro, eu morro” – “Não posso mais” – “Já chega vocês matam-me” – “corja de assassinos, de carrascos; todos os padres são assassinos”, e frases assim.

O conteúdo muda completamente em relação aos primeiros exorcismos. Se antes dizia: “Tu não podes fazer nada contra mim” agora diz: “Tu matas-me, venceste-me”. Se antes dizia que nunca se iria embora porque estava lá bem, agora afirma que se sente horrivelmente mal e que deseja ir-se embora. É claro que cada exorcismo para o demônio, equivale a ser chicoteado: “sofre” muitíssimo, mas inflige igualmente muita dor e cansaço à pessoa em que se encontra: Chega a confessar que durante os exorcismos está pior que no inferno.

Um dia, enquanto o Pe. Cândido exorcizava um indivíduo já à beira da libertação, o demônio declarou abertamente: “Julgas que eu me ia embora se não estivesse pior aqui?”. Os exorcismos tornaram-se-lhe verdadeiramente insuportáveis.

Um outro fator que é preciso ter em conta, se se quer ajudar as pessoas que estão em via de libertação, é que o demônio se esforça por lhes comunicar o seus próprios sentimentos: ele não pode mais e procura transmitir um sensação de esgotamento intolerável; ele está desesperado e tenta transmitir o seu próprio desespero ao possesso; sente que está perdido, que já lhe resta pouco tempo para viver, que não está mais em condição de raciocinar corretamente e transmite ao paciente a impressão de que tudo acabou, que a sua vida chegou ao seu termo, e este cada vez mais se convence de que vai enlouquecer.

Quantas vezes as pobres vítimas, afligidas, não declaram ao exorcistas: “Diga-me francamente se eu estou louco!”. Para o possesso os exorcismos também são cada vez mais cansativos e, por vezes, se não vêm acompanhados ou forçados, faltam ao encontro.

Tive mesmo casos de pessoas próximas ou bastante próximas da libertação, que desistiram totalmente de se deixar fazer exorcizar. Da mesma forma que muitas vezes é preciso ajudar estes “doentes” a rezar, a ir à Igreja e a freqüentar os sacramentos, porque eles não conseguem sozinhos, também é conveniente incitá-los a submeter-se aos exorcismos e, sobretudo no momento da fase final, encorajá-los continuamente.

O cansaço físico e um certo sentimento de desmoralização devidos à lentidão dos acontecimentos aumentam sem dúvida estes problemas e dão a impressão de que o mal se tornou incurável. O demônio por vezes causa males físicos, mas sobretudo psíquicos, que é preciso tratar por via médica, mesmo após a cura. Contudo as curas completas, sem sequelas, são possíveis.

4 – Após a libertação.

É fundamental que a pessoa liberta não afrouxe o seu ritmo de oração, nem a freqüência aos sacramentos e mantenha uma vida cristã empenhada. Uma bênção, de tempos a tempos, não será supérflua. Porque acontece com bastante freqüência que o demônio ataque, isto é, que tente voltar. Não precisa que ninguém lhe abra a porta. Contudo, mais do que a convalescença poderíamos falar duma fase de consolidação, indispensável para assegurar a libertação.

Tive alguns casos de recaída: nos casos em que não houve negligência da parte do individuo, em que ele tinha continuado a manter um ritmo de vida espiritual intensa, a segunda libertação foi relativamente fácil. Pelo contrário, a partir do momento em que a recaída foi favorecida pelo abandono da oração ou pior ainda, por se ter deixado cair num estado de pecado habitual, então a situação só piorou, tal como conta o Evangelho segundo Mateus (12,43-45): o demônio volta acompanhado de sete espíritos piores do que ele.

O leitor não deixou de ter oportunidade de ficar com a noção de que o demônio faz tudo para dissimular a sua presença. Já o dissemos e repetimos. Esta observação ajuda, (mas não o suficiente certamente) a distinguir a possessão de certas formas de doenças psíquicas em que o doente faz tudo para chamar a atenção. O comportamento do demônio é exatamente ao contrário.

Pe. Gabriele Amorth, exorcista oficial da Diocese de Roma.

EXORCISMOS NA HISTÓRIA DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANO



O filme “O Exorcismo de Emily Rose” é baseado em uma história real ocorrida na Alemanha na década de 70 com a jovem Anneliese Michel(foto).

Anneliese_Michel possessa_pelos_demonios

Logo após o falecimento de Anneliese, os padres Ernest Alt e Arnold Renz fizeram o comunicado do óbito às autoridades locais que, imediatamente, abriram inquérito e procederam às investigações preliminares. Os promotores públicos responsabilizaram os dois padres e os pais de Anneliese de homicídio causado por negligência médica. O bispo Josef Stangl, embora tivesse dado a autorização para o exorcismo, não foi indiciado pela promotoria em virtude de sua idade avançada e seu estado de saúde debilitado, vindo a falecer em 1979. Josef Stangl foi quem consagrou bispo o padre Joseph Ratzinger, que no futuro se tornaria o Papa Bento XVI.
O julgamento do processo, que passou a ser denominado como o Caso Klingenberg (em alemão: Fall Klingenberg), iniciou-se em 30 de março de 1978 e despertou grande interesse da opinião pública alemã. Perante o tribunal, os médicos afirmaram que a jovem não estava possuída, muito embora o Dr. Richard Roth, ao qual foi solicitado auxílio médico pelo padre Ernest Alt, teria feito a afirmação à época que não havia medicação eficaz contra a ação de forças demoníacas (cfe. fonte original: "there is no injection against the devil").
Os médicos psiquiatras, que prestaram depoimento, afirmaram que os padres tinham incorrido inadvertidamente em "indução doutrinária" em razão dos ritos, o que havia reforçado o estado psicótico da jovem, e que, se ela tivesse sido encaminhada ao hospital e forçada a se alimentar, o seu falecimento não teria ocorrido.
A defesa judicial dos padres foi feita por advogados contratados pela Igreja. A defesa dos pais de Anneliese argumentou que o exorcismo tinha sido ato lícito e que a Constituição Alemã protege os seus cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas.
"A defesa também recorreu ao conteúdo das fitas gravadas durante as sessões de exorcismo, que foram apresentadas ao tribunal de justiça, onde, por diversas vezes, as vozes e os diálogos — muitas vezes perturbadores — dos supostos demônios eram perfeitamente audíveis. Em uma das fitas é possível discernir vozes masculinas de dois supostos demônios discutindo entre si qual deles teria de deixar primeiro o corpo de Anneliese. Ambos os padres demonstraram profunda convicção de que ela estava verdadeiramente possessa e que teria sido finalmente libertada pelo exorcismo, um pouco antes da sua morte." Este exorcismo é um dos poucos casos reconhecidos oficialmente pela igreja católica. 
Vale a pena assistir o filme e também conhecer mais a fundo a história de Annelise Michel
Com certeza fará grande bem a sua alma...
É realmente muito bom, inclusive foi indicado pelo Papa João Paulo II pois mostra a realidade espiritual em que os cristãos vivem. Na verdade, Annelise Michel(Emily Rose), católica praticante, recebe uma missão de Deus para que seja provado para a humanidade descrente(da época e também atualmente) que a realidade espiritual existe, que o demônio existe e interfere na vida das pessoas, desta forma evidenciando também a existência e onipotência de Deus.


As curas e os exorcismos foram comuns na igreja primitiva. Com o reconhecimento oficial da Igreja sob o imperador Constantino, os exorcismos carismáticos, realizados informalmente por qualquer cristão, deram lugar à institucionalização da função do exorcista.


O Rituale Romanum reuniu mais tarde, diversos ritos de exorcismos para situações variadas. Também as igrejas reformadas estabeleceram tais ritos.



O racionalismo do século XVIII conseguiu explicar muitos mistérios supostamente sobre-humanos, o que também sucedeu, de modo ainda mais intenso, com a descoberta do hipnotismo e da psicologia profunda no século XIX. A Igreja Católica, como também algumas denominações protestantes, admite os exorcismos ordinários, contidos no rito do batismo, como símbolo da libertação do pecado e do poder do demônio. Pratica-se o exorcismo ordinário na bênção da água batismal e na sagração dos santos óleos. Os exorcismos solenes, que têm por objetivo expulsar o demônio do corpo de um possuído, são práticas raríssimas e só confiadas, mediante permissão episcopal, à sacerdotes muito experientes.



O exorcismo católico inicia-se com a expressão latina "Adjure te, spiritus nequissime, per Deum omnipotentem" (eu te ordeno, espírito maligno, pelo Deus Todo-Poderoso). O processo pode ser longo e extenuante, chegando a se estender por vários dias. A possessão está associada ao mal. O processo de libertação é feito de forma dramática e violenta. Os exorcistas recorrem as preces, água-benta, defumadores, essências de rosas e arruda. O sal que é associado à pureza espiritual também é utilizado.



Porém, o cristianismo deste século tem uma atitude dividida em relação ao exorcismo. Por um lado, mantém distância de sua prática, atuando mais próximos a psiquiatras e médicos e autorizando estudos para esclarecer este fenômeno. Mesmo assim, a Igreja oculta os casos confirmados de possessão a prática dos rituais de expulsão. Ainda, o Papa João Paulo II declarou ter aplicado o exorcismo sob uma jovem, em 1982.



Um relatório sobre exorcismo foi compilado pela Igreja da Inglaterra, em 1972, por uma comissão que incluía represen- tantes católicos e um consultor psiquiatra. Apesar de pretender desbancar as possessões, acabou fortalecendo esta idéia quando relacionada à possessão de lugares: "a interferência demoníaca... é comum em lugares não consagrados... assim como em conexão com sessões espíritas".



Porém, este relatório considera exorcismos de pessoas extremamente duvidosos. À luz da Igreja moderna, aqueles que se julgarem possuídos, devem, prioritariamente, procurar a ajuda de um médico ou psicólogo. Recorrer a um sacerdote cristão é considerado último recurso.



O padre Gabrielle Amorth, diz ter realizado aproximadamente 50.000 exorcismos mas considera que somente 84 foram possessões autênticas. O sacerdote diz que os sintomas incluem força física sobre-humana, xenoglossia (a fala espontânea em língua que não foi previamente aprendida) e revelações de segredos sobre as pessoas.



O cânone dominicano Walker, de Brighton, que coordena o Grupo de Estudos do Exorcismo Cristão, lembra de somente sete casos genuínos durante sua vida religiosa: "Normalmente, tudo que é preciso são conselhos e rezas".


Fonte: http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/1320/29/



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