A Campanha da Fraternidade deste ano traz à tona estas questões. Com o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” e como lema “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22), a campanha nos convoca a refletir e a agir em favor do planeta e lembra a responsabilidade que cabe à família na formação de cidadãos conscientes. Esse caminho passa, necessariamente, pela educação ambiental, que engloba conceitos como desenvolvimento sustentável e consumo consciente. A escola é, sem dúvida, o local onde as crianças vão aprender a cuidar e a valorizar o planeta, porém a família tem um papel fundamental na formação permanente da consciência ecológica. Mas será que os pais estão realmente mais preocupados em agir de maneira mais sustentável e de orientar seus filhos? “As pessoas já sabem que a paz não se encontra nos shoppings e sim, na relação com familia e amigos. Sabem ainda que são importantes ações como o consumo consciente e a reciclagem do lixo. Mas é preciso que elas tomem atitudes práticas e iniciem um processo de mudança”, afirma Angelica Berenice de Almeida, pedagoga e educadora ambiental da Umapaz (Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz), da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo. “E é através do exemplo e do diálogo que os pais podem ensinar essas questões aos seus filhos”, esclarece a educadora. A pedagoga Glacilda Pinheiro Côrrea, diretora de formação da Umapaz, faz coro e lembra que para isso, outro elemento é essencial. “As famílias precisam ter mais tempo para educar seus filhos. Como ensinar o respeito à natureza se os próprios pais não respeitam seus filhos, dando a eles o tempo que precisam?” Despertar o consumo consciente nas crianças é algo que os pais podem e devem fazer. É um dos hábitos saudáveis que visam evitar desperdícios dos recursos naturais e geram menos lixo, além da conscientização da questão econômica, pois estabelece uma relação mais racional com o uso do dinheiro. Mas esta não é uma tarefa fácil, já que os pequenos estão expostos a uma publicidade cada vez mais agressiva e com uma só mensagem: “consumir”. Para manter esse diálogo, não é necessário ser radical. Especialistas ensinam que os resultados positivos aparecem através das pequenas atitudes. Com certeza, um caminho bem eficiente para que os filhos criem hábitos saudáveis é ter o exemplo dos pais para seguir. Também é preciso explicar desde cedo a elas a diferença entre o “ser” e o “ter” e ensiná-las a evitar o desperdício: colocar no prato apenas o que vai comer e reaproveitar os alimentos. Outros hábitos saudáveis que podem ser adquiridos por toda a família são: doar brinquedos para outras crianças, customizar roupas e ensinar a separação de materiais para reciclagem. Estimular a criatividade dos filhos incentivando-os a desenvolver uma relação de carinho com a natureza, é mais um caminho a ser tomado. Para isso, o mais indicado é aproveitar oportunidades do próprio cotidiano; um exemplo é ensinar o ciclo da água por meio da chuva, explicar de onde vem as verduras e frutas que comemos ou mostrar os pequenos animais e falar da importância que têm para que a natureza se mantenha em equilíbrio. “ As gerações anteriores pensavam que eram os seres mais importantes do planeta. Felizmente, hoje, as crianças já entendem melhor que o ser humano é apenas mais um na rede da vida e que um passarinho solto no parque é mais feliz do que um que esteja preso na gaiola”, lembra Angélica. Ensine seu filho a amar a natureza:
*Apresente aos seus filhos diferentes animais e plantas. Para isso, leve-os a zoológicos, bosques, fazendas e sítios. *Faça com eles atividades de plantio e ajude-os a compreender como é importante cuidar bem da muda para que a planta cresça e se desenvolva. Uma hortinha de temperos, como
*Ensine seus filhos a não desperdiçar papel, usando sempre os dois lados da folha, para desenhar, escrever etc.Na hora do banho, seja breve. E ensine o mesmo a eles. *Dialogue com a criança a importância de comprar somente o que for importante e necessário. *Ensine seus filhos a jamais jogar qualquer lixo na rua.
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Rosangela Barboza |
*Matéria publicada na Revista Família Cristã, edição de março de 2011
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