Educando na fé ...
O Papa João Paulo II, na Exortação Apostólica "Catequese Hoje", afirma que "a tarefa do catequista é apresentar os meios para ser cristão e mostrar a alegria de viver o Evangelho" (CT 147). Portanto, "a alegria é um bom método de aprendizagem".
Padre Jânison de Sá relembra que o Papa João Paulo II já dizia: "Devemos priorizar a catequese, a Igreja do amanhã dependerá de nossa catequese hoje".
1) Criar maior unidade na pastoral catequética, organizando melhor a catequese nos diversos níveis (regional, diocesano, paroquial) e pondo em prática as orientações que já existem;
2) Formar catequistas como comunicadores de experiências de fé, comprometidos com o Senhor e sua Igreja, com uma linguagem inculturada que seja fiel à mensagem do Evangelho e compreensível, mobilizadora e relevante para as pessoas do mundo de hoje, na realidade pós-moderna, urbana e plural;
3) Fazer da Bíblia realmente o texto principal da catequese;
4) Fazer com que o princípio de interação fé e vida seja assumido na atividade catequética de modo que o conteúdo responda aos desafios do mundo atual;
5) Suscitar nos catequistas e catequizandos o sentido do valor da celebração litúrgica, da dimensão orante na catequese e o amor pela comunidade;
6) Assumir o processo catecumenal como modelo de toda a catequese e, conseqüentemente, intensificar o uso do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA);
7) Passar de uma catequese só orientada para os sacramentos, para uma catequese que introduza ao mistério de Cristo e à vida eclesial;
8) Integrar na catequese as conquistas das ciências da educação, particularmente a pedagogia;
9) Fazer com que a catequese se realize num contexto comunitário, seja um processo de inserção na comunidade eclesial e que essa seja catequizadora;
10) Incentivar a instituição do ministério da catequese;
11) Tornar efetiva a prioridade da catequese com adultos como resposta às novas exigências da evangelização e como pedem Catequese Renovada 130 e a Segunda Semana Brasileira de Catequese;
12) Incentivar a catequese junto a pessoas com deficiência;
13) Motivar e estimular os catequistas e catequizandos para o compromisso missionário e social da fé, assumido no Sacramento da Confirmação;
14) Buscar parcerias com a pastoral da juventude, missionária e outras, atingindo assim mais pessoas neste processo.
Os desafios de hoje
A catequese vem recebendo da Igreja no Brasil uma crescente valorização. Comprovam esta afirmação documentos, cursos, encontros, celebrações, mobilizações, livros, revistas, e tantas outras iniciativas, que se multiplicam por este imenso País e melhoram em qualidade. Padre Jânison diz que "a prova mais forte desse apreço está na quantidade de catequistas que se dedicam com grande paixão a este ministério vital para a educação da fé, da esperança e da caridade, dos que optam por seguir Jesus Cristo. E também são milhares as pessoas que, sem serem denominadas catequistas, o são, de fato, pois exercem esta mesma missão em nossas comunidades eclesiais".
Porém segundo o mesmo padre as maiores necessidades dos catequistas hoje são:
a) Comunicar e transmitir o Evangelho com convicção e autenticidade;
b) Tornar-se um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, comprometendo-se a viver e trabalhar na construção do Reino de Deus;
c) Assumir uma espiritualidade de identificação com Jesus Cristo, sustentada pelo testemunho quotidiano de justiça e solidariedade, pela Palavra de Deus, pela Eucaristia e pela missão;
d) Crescer de forma permanente na maturidade da fé, com clareza de fé, de identidade cristã e eclesial;
e) Engajar-se na comunidade eclesial e assumir a consciência de que é em nome da Igreja que transmite o Evangelho;
f) Saber adaptar a mensagem às culturas, às idades e às situações sociais, culturais e existenciais (cf DGC 236);
g) Assumir na catequese as dimensões da Palavra, da Memória e do Testemunho (cf MPD nº 8-10);
h) Proporcionar o gosto pela Palavra de Deus e fazê-la ecoar e repercutir na vida da comunidade;
Catequese com adultos
Os adultos são, no sentido mais amplo, os interlocutores primeiros da mensagem cristã. Deles depende a formação de novas gerações cristãs, através do testemunho da família, no mundo social e político, no exercício da profissão e na prática de vida e da comunidade. Padre Jânison afirma que "é na direção dos adultos que a evangelização e a catequese devem orientar seus melhores agentes. São os adultos os que assumem mais diretamente, na sociedade e na Igreja, as instâncias decisivas e mais favorecem ou dificultam a vida comunitária, a justiça e a fraternidade. Urge que os adultos façam uma opção mais decisiva e coerente pelo Senhor e sua causa, ultrapassando a fé individualista, intimista e desencarnada".
Pe. Jânison afirma que "os adultos, num processo de aprofundamento e vivência da fé em comunidade, criarão, sem dúvida, fundamentais condições para a educação da fé das crianças e jovens, na família, na escola, nos meios de comunicação social e na própria comunidade eclesial" (CR 130).
É preciso distinguir entre os adultos que vivem sua fé (praticantes), adultos apenas batizados (não praticantes ou afastados) e os adultos não batizados; levar em conta seus problemas e experiências, capacidades espirituais e culturais; motivá-los para a vivência da fé em comunidade, para que ela seja lugar de acolhida e ajuda; fazer um projeto orgânico de pastoral com os adultos que integre a catequese, a liturgia e os serviços da caridade (cf DGC 174).
O catequista é um instrumento vivo, através do qual Deus se comunica com os homens; é um educador da fé e não um mero repetidor de uma doutrina; é um transmissor do Evangelho com a própria vida, seguindo o conteúdo, o estilo e os métodos de Jesus, aprendendo a ter os seus mesmos sentimentos e atitudes (cf. Fl 2, 5-11).
O catequista é uma pessoa escolhida por Deus, através da sua Igreja para ser um instrumento eficaz para transmitir, com a própria vida e pela Palavra, a Boa Nova do Reino Deus.
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