Dez Mandamentos
Para Pais com Filhos na Catequese
I
Não somos uma ilha. Assim como precisamos da
família e da sociedade, para fazer nascer e crescer o nosso filho, mesmo que a
primeira responsabilidade seja sempre nossa, também precisamos da Igreja, para
que o nosso filho, renascido pelo Batismo, cresça conosco na fé.
II
Não nos bastamos a nós próprios na educação da fé,
mesmo que sejamos os primeiros catequistas dos nossos filhos. Os catequistas da
nossa paróquia estão à nossa disposição, não para ser nossos substitutos, mas
para se tornarem nossos colaboradores na educação da fé. O seu trabalho, feito
em comunhão com a Igreja, será sempre em vão, sem o nosso empenho e
colaboração!
III
Não faltaremos à Catequese. A Catequese não é um
«ensino» avulso e desorganizado. É uma educação da fé, feita de modo ordenado e
sistemático, de acordo com o programa definido pelos Catecismos. As faltas à
Catequese quebram a seqüência normal da descoberta e do caminho da fé.
Velaremos pela assiduidade dos nossos filhos. E pelo seu acompanhamento, num
estreito diálogo com o pároco e os catequistas.
IV
Não esperamos da Catequese que faça bons alunos.
Antes, pretendemos que ela nos ajude a formar discípulos de Jesus, que O
seguem, em comunidade. Não desprezaremos a comunidade dos seus discípulos, a
Igreja, nos seus projetos, obras e iniciativas.
V
Não queremos, apesar de tudo, que a Catequese seja
o nosso primeiro compromisso cristão. Participar na Eucaristia Dominical é um
bem de primeira necessidade. Saberemos organizar a agenda do fim-de-semana,
pondo a Eucaristia, em primeiro lugar. Custe o que custar!
VI
Não queremos que a Catequese substitua as aulas de
Educação Moral e Religiosa Católica nem o contrário. Porque a Catequese, não é
uma «aula», em ambiente escolar, dirigida, sobretudo à inteligência, e
destinada a articular a relação entre a fé e a cultura. A Catequese é,
sobretudo um «encontro», no ambiente da comunidade, que se dirige à conversão
da pessoa inteira, à sua mente, ao seu coração, à sua vida. A disciplina de
EMRC e a Catequese não se excluem mas implicam-se mutuamente.
VII
Não estaremos preocupados por que os nossos filhos
«saibam muitas coisas». Mas alegrar-nos-emos sempre, ao verificarmos que eles
saboreiam a alegria de serem cristãos, e vão descobrindo, com outros cristãos,
a Pessoa e o Mistério de Jesus, o Amigo por excelência, o Homem Novo, o Deus
vivo e o Senhor das suas vidas!
VIII
Não exigiremos dos nossos filhos, o que não somos
capazes de dar. Por isso, procuraremos receber nós própria formação e
catequese, para estarmos mais esclarecidos e mais bem preparados. Procuraremos
estar onde eles estão. Rezar e celebrar com eles, de modo a que a nossa fé seja
vivida em comum na pequena Igreja que é a família e se exprima na grande
família que é a Igreja.
IX
Não exigiremos dos nossos filhos o que não somos capazes
de fazer. Procuraremos pensar e viver de acordo com os valores do Evangelho.
Sabemos bem que o testemunho é a primeira forma de evangelização. Deste modo,
eles aceitarão melhor a proposta dos nossos ideais e valores.
X
Jamais cederemos à tentação de «mandar» os filhos à
Catequese, para nos vermos livres deles ou para fugirmos às nossas
responsabilidades.
SDEC (Porto) - Padre Amaro Gonçalo
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