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sábado, 21 de agosto de 2010

Maria, a Catequista Discípula Missionária


Maria, a Catequista
Discípula Missionária


“Eis aqui a serva do Senhor! Faça –se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1, 38).

O Ano Catequético Nacional é uma oportunidade de olhar para Maria como a catequista que aos pés da cruz soube educar a comunidade dos discípulos no itinerário da fé. Ela continua formando os verdadeiros discípulos missionários para que possam responder com fé, entusiasmo, perseverança e compromisso permanente o grande chamado que seu Filho Jesus Cristo faz a todas as pessoas. Ele deseja acentuar “a carinhosa e profética presença de Maria, educadora de seu Filho Jesus e discípula fiel do Pai para ajudar-nos a sermos dóceis ao que o Espírito diz às Igrejas (cf Ap 21, 21), neste momento da história”(1).

Ao falar de Maria, a discípula missionária do Pai, há que considerar que missionar e evangelizar para nós significam levar a Boa Nova do Evangelho testemunhando com a vida o que anuncia. Esta a meu ver é tarefa principal dos catequistas evangelizadores. Este é o mandado que a Igreja, povo de Deus, recebeu do próprio Jesus Cristo (cf. Mc 16, 15; Mt 28; Jo 20, 21). Neste Ano Catequético redescobrir Maria como discípula missionária do Evangelho é para nós catequistas uma aventura fascinante e encantadora.

A discípula missionária fiel até o fim. Na catequese dos escritos joaninos, Maria aparece como a mediadora da fé em Caná da Galiléia (cf. Jo 2, 1-12), a mãe da Comunidade, sob a cruz, (cf. Jo 19, 25-28) e figura da Igreja e da Nova Criação (cf. Ap 12). Observe que o evangelho de João só traz dois textos diretamente referentes à Maria e são centrais na vida de Jesus. Em Caná, o discipulado de Maria está ligado com o momento da inauguração da vida pública de Jesus; e no Calvário com o momento culminante da “Hora de Jesus”. O discipulado de Maria marca na comunidade joanina a hora da revelação nas bodas em cana e a hora máxima, da cruz, o cumprimento da profecia. Maria está numa atitude de discípula fiel. Se coloca de pé, símbolo da prontidão e do discipulado. Ela é entregue ao discípulo amado. Permanece agora no caminho do discipulado realizando com comunidade a vontade de Deus.

A discípula missionária catequista da comunidade cristã. Em Atos dos Apóstolos Lucas narra sobre a comunidade reunida em oração em torno do Projeto do Ressuscitado, na espera da promessa: o Espírito Santo. No dinamismo orante da comunidade, encontra-se a pessoa de Maria a mulher discípula, atenta às necessidades da Igreja nascente. A Mãe de Jesus aparece em atitude de oração para que se realize a promessa, e venha o Espírito que faz nascer a Igreja e revela o sentido das Palavras de Jesus para a vida das Comunidades. Observe-se que em Lucas no início do Evangelho, Maria se tornara a Mãe de Jesus pela obediência à Palavra. Agora, no início dos Atos, ela se torna Mãe da Igreja pela mesma atitude orante diante da Palavra. Ela é a referência para os discípulos e discípulas permanecerem assíduos à oração e ao ministério da Palavra (At 6,4). Podemos dizer que três qualidades caracterizam o grupo reunido em oração: eles estão numa atitude de espera, têm os mesmos sentimentos e perseveram na oração (At 1,14-15).

A discípula que vence o dragão. No Livro do Apocalipse há uma referência a Maria, mulher forte a corajosa, modelo de discípula perseguida e perseverante. Ela é aquela que luta e vence o mal (Ap 12). É a discípula radiante de esplendor da graça de Deus. A mulher grávida que, em meio a dores, dá à luz o Messias, é Maria. Na mulher apocalíptica, a Igreja vê a si própria, chamada a "gerar" Cristo na História. Compete a ela, continuar atualizando a vitória de Cristo na vida dos cristãos (cf. 1Cr 15, 25-28).

Que o Ano Catequético Nacional nos ajude a redescobrir a beleza da vocação ao discipulado missionário, fruto da consagração batismal. A vocação ao discipulado missionário é convocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão... “A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão”. (cf. DA 156). Na realidade do Povo de Deus, “a comunhão e a missão estão profundamente unidas entre si. A comunhão é missionária e a missão é para a comunhão” (cf. DA 163). Maria, Mãe e discípula do Senhor nos ajude a participar ativamente da ação missionária da Igreja. Que o Espírito de Pentecostes, derramado sobre os Apóstolos, nos anime a sair e anunciar Jesus caminho, verdade e vida.

Ir. Maria Aparecida Barboza, ICM
Ex-assessora da Comissão para Animação Bíblico-Catequética

(1) CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Catequese, caminho para o discipulado. Texto Base do Ano Catequético Nacional, no 19. 2009

Fonte: CNNB

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