Cristãos leigos, protagonistas da nova evangelização!
Antes do Concílio Vaticano II, a mentalidade do povo, em geral, era que Igreja era formada por sacristãos, freiras, padres, bispos, cardeais, papa.
O povo assistia à missa, que era celebrada em latim e algumas expressões que o padre falava, de costas para o povo, ficavam na memória daqueles mais atentos que, ao ouvi-las, percebiam, mais ou menos o desenrolar da missa, desde o “intróito” até o “último Evangelho”.
Hoje o cristão leigo é convidado a participar e participar ativamente. Não se assiste à missa como mero expectador, mas participa-se da missa. Se o padre, antes, era o celebrante, agora, ele é presidente da celebração. Celebrante é toda a assembléia dos fieis. Se outrora, para cumprir o preceito de assistir à missa, bastava estar presente na igreja, nos dias atuais, cada cristão deve acolher a mesa da Palavra e a mesa Eucarística, com participação efetiva.
Somos todos Igreja. Até o Código de Direito Canônico trata em primeiro lugar do povo de Deus para depois apresentar a hierarquia eclesiástica. O clero é Igreja, o leigo é Igreja. Homens, mulheres, crianças, jovens, idosos, brancos, negros, pobres, ricos, somos todos Igreja.
Precisamos do trabalho dedicado e incansável do presbítero, mas também precisamos da atuação firme do cristão leigo, não só nos trabalhos religiosos, mas também em todas as áreas da vida.
Não se pode ser cristão só na igreja. É preciso ser cristão na família, no trabalho, no lazer, no convívio com as pessoas, enfim, na sociedade como um todo.
A Igreja precisa da participação dedicada do leigo, pois todos nós somos Igreja, particularmente nesse tempo de mudança de época em que somos todos chamados a proclamar o Evangelho chamando os indiferentes para viver a fé viva em Nosso Senhor!
Os cristãos leigos são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, antes de tudo, com o testemunho de vida e, depois, com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e outras formas de apostolado, segundo as necessidades locais, sob o guia de seus pastores. Os nossos leigos precisam fazer a grande experiência de um encontro com Jesus Cristo. Só assim poderão tornar-se discípulos e seguidores do Cristo vivo e ressuscitado. Nossas paróquias estão encarregadas para organizar retiros e encontros de oração, para que todos aqueles que se apresentam para viver esta experiência especial de graça e de oração e possam, a exemplo de Paulo, viver a alegria de uma profunda transformação de suas vidas.
Nossa Paróquia unida à Diocese coloca em prática, com as Santas Missões Populares, o desejo dos bispos reunidos em Aparecida: “Para cumprir sua missão com responsabilidade pessoal, os leigos necessitam de sólida formação doutrinal, pastoral, espiritual e adequado acompanhamento para darem testemunho de Cristo e dos valores do Reino, no âmbito da vida social, econômica, política e cultural” (DA 212).
Acompanhando nossas pastorais, movimentos e associações queremos despertar nossos fiéis batizados a serem leigos que vivam intensamente a missionariedade e o discipulado anunciando Jesus Cristo em todas as esferas da sociedade para que o mundo viva e celebre os mistérios da nossa fé.
Por: Padre Wagner Augusto Portugal
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