FILME BÍBLICO SEMANAL

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sábado, 29 de janeiro de 2011

Não Perca As Oportunidades Da Vida!

Era uma vez um garoto que nasceu com uma doença que não tinha cura. Tinha 17 anos e podia morrer a qualquer momento. Sempre viveu na casa de seus pais, sob o cuidado constante de sua mãe. Um dia decidiu sair sozinho e, com a permissão da mãe, caminhou pela sua quadra, olhando as vitrines e as pessoas que passavam. Ao passar por uma loja de discos, notou a presença de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza. Foi amor a primeira vista.


Abriu a porta e entrou, sem olhar para mais nada que não a sua amada.


Aproximando-se timidamente, chegou ao balcão onde ela estava.


Quando o viu, ela deu-lhe um sorriso e perguntou se podia ajudá-lo em alguma coisa. Era o sorriso mais lindo que ele já havia visto, e a emoção foi tão forte que ele mal conseguiu dizer que queria comprar um CD.


Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era, e disse


- "Esse aqui".


- "Quer que embrulhe para presente?" - perguntou a garota sorrindo ainda mais e ele só mexeu com a cabeça para dizer que sim. Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado. Ele pegou o pacote e saiu, louco de vontade de ficar por ali, admirando aquela figura divina.


Daquele dia em diante, todos as tardes voltava a loja de discos e comprava um CD qualquer. Todas as vezes a garota deixava o balcão e voltava com um embrulho cada vez mais bem feito, que ele guardava no closet, sem nem abrir.


Ele estava apaixonado, mas tinha medo da reação dela, e assim, por mais que ela sempre o recebesse com um sorriso doce, não tinha coragem para convidá-la para sair e conversar. Comentou sobre isso com sua mãe e ela o incentivou, muito, a chamá-la para sair.


Um dia, ele se encheu de coragem e foi para a loja. Como todos os dias comprou outro CD e, como sempre, ela foi embrulhá-lo.


Quando ela não estava vendo, escondeu um papel com seu nome e telefone no balcão e saiu da loja correndo.


No dia seguinte o telefone tocou e a mãe do jovem atendeu.


Era a garota perguntando por ele. A mãe, desconsolada, nem perguntou quem era, começou a chorar e disse: "Então, você não sabe? Faleceu essa manhã".


Mais tarde, a mãe entrou no quarto do filho, para olhar suas roupas e ficou muito surpresa com a quantidade de CDs, todos embrulhados. Ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Ao fazê-lo, viu cair um pequeno pedaço de papel, onde estava escrito: "Você é muito simpático, não quer me convidar para sair? Eu adoraria".


Emocionada, a mãe abriu outro CD e dele também caiu um papel que dizia o mesmo, e assim todos quantos ela abriu traziam uma mensagem de carinho e a esperança de conhecer aquele rapaz.


Assim é a vida: não espere demais para dizer a alguém especial aquilo que você sente. Diga-o já; amanhã pode ser muito tarde....


Não Perca As Oportunidades Da Vida!


Era uma vez um garoto que nasceu com uma doença que não tinha cura. Tinha 17 anos e podia morrer a qualquer momento. Sempre viveu na casa de seus pais, sob o cuidado constante de sua mãe. Um dia decidiu sair sozinho e, com a permissão da mãe, caminhou pela sua quadra, olhando as vitrines e as pessoas que passavam. Ao passar por uma loja de discos, notou a presença de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza. Foi amor a primeira vista.


Abriu a porta e entrou, sem olhar para mais nada que não a sua amada.


Aproximando-se timidamente, chegou ao balcão onde ela estava.


Quando o viu, ela deu-lhe um sorriso e perguntou se podia ajudá-lo em alguma coisa. Era o sorriso mais lindo que ele já havia visto, e a emoção foi tão forte que ele mal conseguiu dizer que queria comprar um CD.


Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era, e disse


- "Esse aqui".


- "Quer que embrulhe para presente?" - perguntou a garota sorrindo ainda mais e ele só mexeu com a cabeça para dizer que sim. Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado. Ele pegou o pacote e saiu, louco de vontade de ficar por ali, admirando aquela figura divina.


Daquele dia em diante, todos as tardes voltava a loja de discos e comprava um CD qualquer. Todas as vezes a garota deixava o balcão e voltava com um embrulho cada vez mais bem feito, que ele guardava no closet, sem nem abrir.


Ele estava apaixonado, mas tinha medo da reação dela, e assim, por mais que ela sempre o recebesse com um sorriso doce, não tinha coragem para convidá-la para sair e conversar. Comentou sobre isso com sua mãe e ela o incentivou, muito, a chamá-la para sair.


Um dia, ele se encheu de coragem e foi para a loja. Como todos os dias comprou outro CD e, como sempre, ela foi embrulhá-lo.


Quando ela não estava vendo, escondeu um papel com seu nome e telefone no balcão e saiu da loja correndo.


No dia seguinte o telefone tocou e a mãe do jovem atendeu.


Era a garota perguntando por ele. A mãe, desconsolada, nem perguntou quem era, começou a chorar e disse: "Então, você não sabe? Faleceu essa manhã".


Mais tarde, a mãe entrou no quarto do filho, para olhar suas roupas e ficou muito surpresa com a quantidade de CDs, todos embrulhados. Ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Ao fazê-lo, viu cair um pequeno pedaço de papel, onde estava escrito: "Você é muito simpático, não quer me convidar para sair? Eu adoraria".


Emocionada, a mãe abriu outro CD e dele também caiu um papel que dizia o mesmo, e assim todos quantos ela abriu traziam uma mensagem de carinho e a esperança de conhecer aquele rapaz.


Assim é a vida: não espere demais para dizer a alguém especial aquilo que você sente. Diga-o já; amanhã pode ser muito tarde....


Autor Desconhecido

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O anúncio do Evangelho é o serviço mais precioso da Igreja à humanidade, afirmou Bento XVI



25.01.2011 - VATICANO.- Em sua mensagem para o 16º Dia Mundial das Missões 2011, divulgado hoje, que este ano será celebrado no dia 23 de outubro, o Papa Bento XVI afirma que o serviço mais precioso que a Igreja pode oferecer à humanidade é o anúncio do Evangelho.

Em sua mensagem para esta jornada que tem como tema "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós", Bento XVI recorda que no Jubileu do ano 2000 o Papa João Paulo II se referia à necessidade de "renovar o empenho de levar a todos o anúncio do Evangelho “com o mesmo ímpeto dos cristãos dos primeiros tempos".

O Papa ressalta logo que esta tarefa "É o serviço mais precioso que a Igreja pode render à humanidade e a cada pessoa que busca razões profundas para viver em plenitude a própria existência".

Este dever de todo cristão “ressoa cada ano na celebração do Dia Mundial das Missões.
O incessante anúncio do Evangelho, de fato, aviva também a Igreja, o seu fervor, o seu espírito apostólico, renova os seus métodos pastorais para que seja sempre mais apropriado às novas situações – também aqueles que requerem uma nova evangelização – e animados do lançamento missionário.

“A missão renova a Igreja, revigora a fé e a identidade cristã, dá novo entusiasmo e novas motivações. A fé reforçada doando-a! A nova evangelização dos povos cristãos encontrará inspiração e sustento no empenho para a missão universal", afirmou o Papa.

Bento XVI afirma também que a tarefa de anunciar o evangelho "não perdeu a sua urgência. Na verdade, “a missão de Cristo redentor, confiada à Igreja, é ainda está bem longe de ser cumprida... Um olhar global da humanidade demonstra que tal missão está ainda no início e que devemos nos empenhar com todas as forças ao seu serviço".

"Aconteceu uma mudança cultural, alimentada também pela globalização, dos movimentos de pensamento e do prevalecente relativismo, uma mudança que leva a uma mentalidade e um estilo de vida que desconsidera a Mensagem evangélica, como se Deus não existisse, e que exalta a busca do bem-estar, do ganho fácil, da carreira e do sucesso como objetivo de vida, mesmo às custas de valores morais”, explicou o Pontífice.

Bento XVI indica que “A missão universal envolve a todos, acima de tudo e sempre. O Evangelho não é um bem exclusivo daqueles que o receberam, mas é um dom a ser dividido, uma bela notícia a comunicar. E este dom-empenho é confiado não somente a alguns, bem como a todos os batizados, aquele “povo eleito, … nação santa, povo de Deus conquistado”, para que proclame as suas obras maravilhosas”.

“A atenção e a cooperação à obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem ser limitadas a alguns momentos e ocasiões particulares, e não podem nem mesmo ser consideradas como uma das tantas atividades pastorais: a dimensão missionária da Igreja é essencial, e portanto vem sempre presente", destacou.

O Santo Padre se referiu logo à ação solidariedade que vai ligada à ação missionária, procurando a melhora das condições de vida "das pessoas nos países nos quais mais graves são os fenômenos de pobreza, desnutrição, sobretudo infantil, doenças, carência de serviços sanitários e para a educação. Também isso entra na missão da Igreja. Anunciando o Evangelho, essa cuida da vida humana num sentido mais pleno".

"Não é aceitável, dizia o Servo de Deus Paulo VI, que na evangelização deixem de ser considerados os temas que envolvem a promoção humana, a justiça, a liberdade a cada forma de opressão, obviamente no respeito à autonomia da esfera política. Ignorar os problemas temporais da humanidade significaria “esquecer a lição que vem do Evangelho sobre o amor ao próximo sofredor e necessitado”; não estaria em sintonia com o comportamento de Jesus que “percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade".

"Assim, por meio da participação corresponsável para com a missão da Igreja, o cristão torna-se construtor da comunhão, da paz, da solidariedade que Cristo nos doou, e colabora com a realização do plano de salvação de Deus para toda humanidade".

O Papa destaca que "os desafios que esta encontra, chama os cristão a caminhar juntos aos outros, e a missão é parte integrante deste caminho com todos. Nessa nós levamos, mesmo em vasos de cristal, a nossa vocação cristã, o tesouro inestimável do Evangelho, o testemunho vivo de Jesus morto e ressuscitado, encontrado e acreditado na Igreja".

Finalmente o Papa fez votos para que “o Dia das Missões revive em cada um o desejo e a alegria de “andar” ao encontro da humanidade levando a todos Cristo. No Seu nome , de coração vos concedo a minha Bênção Apostólica, em particular aqueles que lutam e sofrem mais por causa do Evangelho”.


Fonte: Maria Rainha



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

“O caminho é este; é por aqui que deveis ir”


Ricardo Sá

Missionário da Comunidade Canção Nova,

no “Sorrindo pra Vida” (Canção Nova ),

realizou a meditação sobre:


Isaías 30, 21b:

“O caminho é este; é por aqui que deveis ir”.


Esse versículo nos provoca para saber se, realmente, encontramos o caminho do Senhor. Algumas vezes, nós queremos ter o caminho do irmão, mas precisamos assumir o nosso caminho. Ricardo apresenta sete dicas, para seguir um caminho de Santidade.


São sete dicas para trilhar o Caminho da Santidade:


1) A decisão é sua, ninguém decide ser santo por você!


É uma decisão tomada na dificuldade. Ela precisa ser treinada dentro de você de maneira que sua mentalidade fique marcada, fique selada por esse direito que todos nós temos de escolher o caminho. Você pode decidir perdoar, pode decidir ajudar seu marido no alcoolismo, pode decidir fazer aquele bolo que faz alguém feliz... Quem decide é você!


2) Conheça o que Deus diz sobre você!


Nós escutamos tantas coisas a nosso respeito, algumas boas e outras nem tanto. Vivemos rodeados daquilo que as pessoas pensam sobre nós. É com Deus que você tem de falar, experimente ir até a capela, olhar nos olhos de Jesus e perguntar a Ele quem é você.


3) Considere tudo uma oportunidade para amar a Deus e as pessoas


Nós precisamos praticar essa verdade para ser felizes! Se você pode amar, mesmo diante das dificuldades, por que ficar chateado? Por que virar a cara? Por que chorar? Lembre-se: é tudo uma questão de escolha!


4) Considere a brevidade do tempo!


Não existe outro tempo, a não ser o dia de hoje! Viva bem esse momento, porque ele não vai voltar. Se você considera o tempo breve, aprende a disciplinar a sua vida. E disciplina é fazer o que tem de ser feito.


5) Considere as fraquezas para estar mais perto do Senhor


Aproveite suas limitações para se aproximar do Pai. Isso significa que, se suas fraquezas forem imensas, você pode aproveitá-las para dobrar os joelhos na frente do Senhor e pedir ajuda.


6) Mantenha em silêncio o seu coração!


Aqui eu falo da ansiedade, da agitação do dia a dia. Vivemos em um mundo que nos convida todos os dias ao tumulto, ao barulho. A oração é a melhor forma de manter o nosso coração em silêncio.


7) Creia que Deus tem Sua vontade sobre tudo em sua vida!


É preciso treinar o coração e o ouvido para ouvir a vontade de Deus. O Pai tem Sua vontade sobre tudo. Madre Teresa de Calcutá já dizia: “Todas as vezes em que você tiver dúvida sobre a vontade de Deus, escolha a mais difícil”. Esse é o caminho da cruz que precisamos seguir! Por quê? Porque escolhendo o mais difícil vamos nos assemelhar, cada vez mais, com o Senhor – que Se entregou à morte para lhe dar vida.


Peça ao Senhor, hoje, a graça da docilidade para compreender e começar a trilhar esse caminho.


Ricardo Sá

Missionário da Comunidade Canção Nova




domingo, 23 de janeiro de 2011

Um encontro com Deus


Pedi a Deus para ser forte
A fim de executar projetos grandiosos,
E ele me fez fraco
Para conservar-me humilde.

Pedi a Deus que me desse saúde,
Para realizar grandes empreendimentos,
E ele deu-me a doença para,
Compreende-lo melhor.

Pedi a Deus riqueza, para tudo possuir,
E ele deixou-me pobre para não ser egoísta,
Pedi a Deus poder para que os homens
precisassem de mim,
E ele deu-me humildade para que
dele precisasse.

Pedi a Deus tudo para gozar a vida,
E ele me deu a vida para gozar de tudo.

Senhor não recebi nada do que pedi,
Mas me deste tudo o de que
Eu precisava,
E quase contra minha vontade,
As preces que não fiz foram ouvidas,
Louvado sejas oh meu Deus!
Entre todos os homens

NINGUÉM TEM MAIS DO QUE EU!

Oração de um atleta americano

Testemunho de um jornalista ateu sobre o Papa João Paulo II

Publicado no Jornal

“O Estado de São Paulo” de 05/04/2005,

terça feira

Escrevo enquanto vejo a morte do Papa na TV. E me espanto com a imensa emoção mundial. Espanto-me também comigo mesmo: “Como eu estou sozinho!” — pensei.

Percebi que tinha de saber mais sobre mim, eu, sozinho, sem fé alguma, no meio desse oceano de pessoas rezando no Ocidente e Oriente.Meu pai, engenheiro e militar, me passou dois ensinamentos: ele era ateu e torcia pelo América Futebol Clube. Claro que segui seus passos. Fui América até os 12 anos, quando “virei casaca” para o Flamengo (mas até hoje tenho saudade da camisa vermelha, garibaldina, do time de João Cabral e Lamartine Babo) e parei de acreditar em Deus.

Sei que “de mortuis nihil nisi bonum” (“não se fala mal de morto”), mas devo confessar que nunca gostei desse Papa. Por quê? Não sei. É que sempre achei, nos meus traumas juvenis, que Papa era uma coisa meio inútil, pois só dava opiniões genéricas sobre a insânia do mundo, condenando a “maldade” e pedindo uma “paz” impossível, no meio da sujeira política.

Quando João Paulo entrou, eu era jovem e implicava com tudo. Eu achava vigarice aquele negócio de fingir que ele falava todas as línguas. Que papo era esse do Papa? Lendo frases escritas em partituras fonéticas… Quando ele começou a beijar o chão dos países visitados, impliquei mais ainda. Que demagogia! — reinando na corte do Vaticano e bancando o humilde…

Um dia, o Papa foi alvejado no meio da Praça de São Pedro, por aquele maluco islâmico, prenúncio dos tempos atuais. Eu tenho a teoria de que aquele tiro, aquela bala terrorista despertou-o para a realidade do mundo. E o Papa sentiu no corpo a desgraça política do tempo. Acho que a bala mudou o Papa. Mas fiquei irritadíssimo quando ele, depois de curado, foi à prisão “perdoar” o cara que quis matá-lo. Não gostei de sua “infinita bondade” com um canalha boçal. Achei falso seu perdão que, na verdade, humilhava o terrorista babaca, como uma vingança doce.

E fui por aí, observando esse Papa sem muita atenção. É tão fácil desprezar alguém, ideologicamente… Quando vi que ele era “reacionário” em questões como camisinha, pílula e contra os arroubos da Igreja da Libertação, aí não pensei mais nele…Tive apenas uma admiração passageira por sua adesão ao Solidariedade do Walesa mas, como bom “materialista”, desvalorizei o movimento polonês como “idealista”, com um Walesa meio “pelego”. E o tempo passou.

Depois da euforia inicial dos anos 90, vi que aquela esperança de entendimento político no mundo, capitaneado pelo Gorbatchev, fracassaria. Entendi isso quando vi o papai Bush falando no Kremlin, humilhando o Gorba, considerando-se “vitorioso”, prenunciando as nuvens negras de hoje com seu filhinho no poder. Senti que o sonho de entendimento socialismo-capitalismo ia ser apenas o triunfo triste dos neo-conservadores. O mundo foi piorando e o Papa viajando, beijando pés, cantando com Roberto Carlos no Rio. Uma vez, ele declarou: “A Igreja Católica não é uma democracia”. Fiquei horrorizado naquela época liberalizante e não liguei mais para o Papa “de direita”.

Depois, o Papa ficou doente, há dez anos. E eu olhava cruelmente seus tremores, sua corcova crescente e, sem compaixão alguma, pensava que o Pontífice não queria “largar o osso” e ria, como um anticristo.

Até que, nos últimos dias, João Paulo II chegou à janela do Vaticano, tentou falar… e num esgar dolorido, trágico, foi fotografado em close, com a boca aberta, desesperado.

n/d

Essa foto é um marco, um símbolo forte, quase como as torres caindo em NY. Parece um prenúncio do Juízo final, um rosto do Apocalipse, a cara de nossa época. É aterrorizante ver o desespero do homem de Deus, do Infalível, do embaixador de Cristo. Naquele momento, Deus virou homem. E, subitamente, entendi alguma coisa maior que sempre me escapara: aquele rosto retorcido era o choro de uma criança, um rosto infantil em prantos! O Papa tinha voltado a seu nascimento e sua vida se fechava. Ali estava o menino pobre , ex-ator, ex-operário, ali estavam as vítimas da guerra, os atacados pelo terror, ali estava sua imensa solidão igual à nossa. Então, ele morreu. E ontem, vendo os milhões chorando pelo mundo, vendo a praça cheia, entendi de repente sua obra, sua imensa importância. Vendo a cobertura da Globo, montando sua vida inteira, seus milhões de quilômetros viajados, da África às favelas do Nordeste, entendi o Papa. Emocionado, senti minha intensíssima solidão de ateu. Eu estava fora daquelas multidões imensas, eu não tinha nem a velha ideologia esfacelada, nem uma religião para crer, eu era um filho abandonado do racionalismo francês, eu era um órfão de pai e mãe. Aí, quem tremeu fui eu, com olhos cheios d’água. E vi que Karol Wojtyla, tachado superficialmente de “conservador”, tinha sido muito mais que isso. Ele tinha batido em dois cravos: satisfez a reacionaríssima Cúria Romana implacável e cortesã e, além disso, botou o pé no mundo, fazendo o que italiano algum faria: rezar missa para negões na África e no Nordeste, levando seu corpo vivo como símbolo de uma espiritualidade perdida. O conjunto de sua obra foi muito além de ser contra ou a favor da camisinha. Papa não é para ficar discutindo questões episódicas. É muito mais que isso. Visitou o Chile de Pinochet e o Iraque de Saddam e, ao contrário de ser uma “adesão alienada”, foi uma crítica muito mais alta, mostrando-se acima de sórdidas políticas seculares, levando consigo o Espírito, a ideia de Transcendência acima do mercantilismo e ditaduras. E foi tão “moderno” que usou a “mídia” sim, muito bem, como Madonna ou Pelé.

E nisso, criticou a Cúria por tabela, pois nenhum cardeal sairia do conforto dos palácios para beijar pé de mendigo na América Latina. João Paulo cumpriu seu destino de filósofo acima do mundo, que tanto precisa de grandeza e solidariedade.

Sou ateu, sozinho, condenado a não ter fé, mas vi que se há alguma coisa de que precisamos hoje é de uma nova ética, de um pensamento transcendental, de uma espiritualidade perdida. João Paulo na verdade deu um show de bola.

Arnaldo Jabor

Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

www.rainhamaria.com.br

sábado, 22 de janeiro de 2011

SOMOS PRESAS FÁCEIS PARA TODO TIPO DE OFERTA

( Mateus 9,35-36 )

Vivemos em busca de saciedade.

Por essa razão somos vulneráveis diante do mundo.

Até mesmo o mundo da publicidade, sabendo de nossa fraqueza, apresenta a sua falsa saciedade em todos os seus produtos de consumo.

Somos presas fáceis para todo tipo de oferta.

Mas o que pode saciar realmente?

- Somente a verdade sacia. E a verdade foi plantada em nosso coração e em nossa consciência por Deus.

Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais descobrimos a nossa semelhança com Ele, a verdade que sacia plenamente.

Amado (a) hoje quando Jesus olha para a humanidade eu tenho certeza que do mesmo modo que ele viu as multidões naquele tempo ele sente o mesmo por nós, quantas pessoas hoje estão abatidas e cansadas da vida, quantas pessoas hoje perderam a vontade de viver e a vontade de ser feliz!

Amado (a) só existe um motivo para esse cansaço e para esse abatimento, as pessoas estão desistindo de Deus, não estão crendo de coração nas maravilhas que Jesus pode fazer, estão preferindo se apegar a tantas coisas e deixando de se apegar em Jesus, se deixam seduzir pelas vitrines que o mundo apresenta para nos confundir, seduzir, fascinar, repito: “Somos presas fáceis para todo tipo de oferta”.

Por isso o cansaço, por isso o abatimento, por isso a falta do desejo de voltar a viver, por isso muitos estão como ovelhas sem pastor.

Amado (a) eu e você podemos fazer parte desse número se deixarmos de buscar Jesus, basta fecharmos o coração, basta deixarmos de crer na sua palavra. Basta desviarmos nosso olhar e querer apenas o que o mundo nos oferece.

Talvez você hoje esteja vivendo assim, triste, cansado, sem perspectiva de ser feliz, querendo partir, mas o Senhor quer ser o seu pastor, Jesus quer de fato fazer parte da tua vida, mas você precisa acreditar, você precisa confiar, você precisa voltar.

Amado (a) não desista do Senhor, desistir de Jesus é desistir da vida, é desistir do amor, é desistir da sua família, é desistir da felicidade. A Suely Façanha da Comunidade Shalom tem uma canção que diz assim o refrão: "Sei que terei mais, lá no céu, terei muito mais lá no céu, e uma verdadeira vida aqui, perto de ti, felicidade sem fim".

Amado (a) é isso que Jesus quer nos dar hoje e sempre!

Ore assim comigo: Senhor Jesus quantas vezes me afastei de ti, e quantas vezes eu quis deixar de ser feliz, quantas vezes pensei em tirar a minha vida, mas o teu amor entrou em meu coração e me fez ressuscitar para o amor, e muitas vezes quero ser aquela ovelha desgarrada que quer conhecer o mundo e acabo me ferindo, mas sempre o Senhor vem e sara as minhas feridas, fica comigo Senhor e não me deixe morrer para o amor. Amém!


Com minha pobre benção.
Pe. Emílio Carlos Mancini +

Catequese, Caminho para Ser Cristão

Formação Para os Catequistas


Ninguém é uma folha em branco


Toda pessoa traz escrito no seu coração e na sua consciência uma série de valores e informações que foram impressas ao longo da vida, mesmo as crianças ainda muito pequenas trazem essas marcar.


A catequese não pode ignorar isso, ao contrário deve partir desse conhecimento como base para os novos ensinamentos.


Sendo um processo de educação da fé, somente a inter-relação entre o que já se sabe e o novo a ser apreendido poderá dar frutos e propiciar uma experiência verdadeira. Para promover essa inter-relação, o catequista deve abrir-se à escuta do outro, do catequizando, deixando de lado suas idéias, seus conceitos e mais ainda suas "verdades". Educar na fé não é simplesmente a transmissão das nossas verdades, mas é permitir que o outro encontre a verdade de Deus em si e faça uma experiência de intimidade com ela.


Por isso, o bom catequista fala pouco e ouve muito, busca constantemente ouvir o que os catequizandos dizem a partir da própria vida; quais os seus valores, sentimentos, emoções; como é seu relacionamento com a família, com os amigos; como se comporta diante dos desafios.


Será nesse conhecimento que o catequista poderá ancorar os ensinamentos a serem transmitidos e que serão fixados de modo permanente, pois a educação na fé se processa na absorção e vivência dos valores cristãos.


Catequese, Caminho para Ser Cristão


A catequese é o processo permanente de educação na fé, isto é catequese é o processo contínuo que ajuda as pessoas a ser e viver como cristão, seguidor dos passos de Jesus. Assim sendo, não se pode ser cristão e manter-se distanciado da figura histórica de Jesus de Nazaré, que morreu e ressuscitou por nós, e que Deus Pai o fez Senhor e Cristo (At 2,36). Ser cristão não é simplesmente seguir uma doutrina, uma ética, um rito ou uma tradição religiosa; "cristão" é tudo o que tem relação com a pessoa de Jesus Cristo. Sem Ele não há cristianismo, cristão é Ele próprio. Os cristãos são os seguidores de Jesus, seus discípulos. Os discípulos de Jesus foram chamados cristãos pela primeira vez na Grécia, em Antioquia (At 11,26).


A vida cristã é um caminho (At 9,2), o caminho do seguimento de Jesus. Os apóstolos, primeiros seguidores de Jesus, são modelos da vida cristã. Ser cristão é seguir o exemplo dos Apóstolos no seguimento de Jesus. Não basta imitá-los, pois toda imitação é falsa, é uma caricatura, é preciso seguir o exemplo deles. Dos apóstolos se diz que seguiram a Jesus (Lc 5,11), e a este seguimento é convocado todo batizado na Igreja. Os apóstolos não foram apenas fiéis discípulos do Mestre, que aprenderam seus ensinamentos como os jovens aprendem de seus professores. Ser discípulo de Jesus implicava estar com ele, fazer parte de sua comunidade, participar da sua missão e do seu próprio destino (Mc 3,13-14; 10,38-39); seguir a Jesus hoje não significa imitar mecanicamente seus gestos, mas continuar seu caminho. O cristão é aquele que escuta, como os discípulos, a voz de Jesus que diz: "Segue-me" (Jo, 1, 39-40; 21, 22) e se põe a caminho para segui-lo.


Mas "seguir a Jesus" pressupõe o que?


"Jesus veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10,10).

Numa sociedade onde muitos são excluídos e marginalizados, sem condições de ter vida de gente, esta mensagem de vida só se faz presente na contramão. Deus não se coloca do lado dos que crucificam, mas sim ao lado dos crucificados, para tirá-los da cruz. Mesmo a um dos ladrões, quando crucificado, Jesus disse: "Hoje mesmo estarás comigo no paraíso" (Lc 23,43).


Numa sociedade que crucifica, seguir Jesus para anunciar o Reino significa assumir com ele a mesma luta em defesa da vida, participar do mesmo destino, "estar com ele nas tentações" (Lc 22,28), inclusive na perseguição (Jo 15,20; Mt 10,24-25), e na morte (Jo 11,16).


A prática libertadora de Jesus é também restauradora, Ele devolve a vida digna ás pessoas, não com gestos assistencialistas, mas com atitudes transformadoras que libertam pela raíz "... seus pecados estão perdoados... eu ordeno a você: Levante-se, pegue a sua cama e vá para casa" (cf. Mc 2, 1-12). A pessoa pode andar por si só, voltar para casa carregando seu próprio fardo, sem depender da caridade de outros, e isso a transforma por dentro e faz dela mais um discípulo ou discípula.


A catequese deve educar as pessoas para que sigam os passos de Jesus e realizem essa transformação na sociedade, devolvendo a vida plena aos irmãos mais pobres e sofredores. Isso é ser cristão!


A Missão do Catequista


"Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 19-20)


Esses versículos finais do Evangelho segundo Mateus apresentam a herança que Jesus deixa a seus discípulos, o envio para evangelizar todos os povos e nações. E esse mandato é especialmente endereçado aos que a comunidade chama para a missão de catequizar.


Catequistas são pessoas escolhidas, a exemplo dos apóstolos, para anunciar a Boa Nova a todos os povos. São a voz de Jesus na comunidade catequizadora. São eles que vão ao encontro dos que ainda não conhecem a Jesus, ou pouco o conhecem.

Porém, a missão do catequista não é fazer pregação, não é anunciar com um megafone em punho. A missão do catequista é menos falar e mais viver o Evangelho, pois, o que atrai as pessoas não são as palavras, mas a forma de ser e de viver.


Quando Jesus andava pela Galiléia e pela Judéia, as multidões o seguiam, não pelas palavras que Ele dizia, pelos ensinamentos que transmitia, mas pela forma como acolhia todas as pessoas, como se compadecia dos doentes e oprimidos, como se preocupava em devolver a dignidade aos mais fracos e pequenos.


Jesus atraia as multidões porque vivia o Evangelho, ele era a Boa Nova, e olhar para Jesus fazia ver o Reino de Deus que ele anunciava.


Essa é a herança que ele deixou; a missão que hoje é destinada a todos que o seguem, e de modo especial aos catequistas.


A missão de todos os catequistas é testemunhar Jesus, vivo no meio de nós, com seus gestos. É anunciar o Evangelho com a própria vida. É fazer o Reino acontecer, dando aos catequizandos a oportunidade de fazerem a experiência
de Jesus no meio deles.


com minha benção

Pe.Emílio Carlos+


3º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO A
«Arrependei-vos, porque o reino de Deus está próximo».

A liturgia deste domingo apresenta-nos o projeto de salvação e de vida plena que Deus tem para oferecer ao mundo e aos homens: o projeto do “Reino”.

Na primeira leitura, o profeta/ Isaías anuncia uma luz que Deus irá fazer brilhar por cima das montanhas da Galileia e que porá fim às trevas que submergem todos aqueles que estão prisioneiros da morte, da injustiça, do sofrimento, do desespero.
O texto está construído sobre um jogo de oposições: “humilhar/cobrir de glória”, “trevas/luz”, “caminhar nas sombras da morte (desolação, desespero)/alegria e contentamento”. Os conceitos negativos (“humilhar”, “trevas”, “caminhar nas sombras da morte”) definem a situação atual; os conceitos positivos (“cobrir de glória”, “luz”, “alegria e contentamento”) definem a situação futura.

Como se passará da atual situação de opressão, de frustração, de desespero, à situação futura de alegria, de contentamento, de esperança?

O profeta fala de “uma luz” que irá começar a brilhar por cima dos montes da Galileia e que irá iluminar toda a terra. Essa luz eliminará “as trevas” que mantinham o Povo oprimido e sem esperança e inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem fim.

É Jesus, a luz que ilumina o mundo com uma aurora de esperança, que dá sentido pleno a esta profecia messiânica de Isaías. Ele é “Aquele que veio de Deus” para vencer as trevas e as sombras da morte que ocultavam a esperança e instaurar o mundo novo da justiça, da paz, da felicidade.
No entanto, a luz de Jesus é, hoje, uma realidade instituída, viva, atuante na história humana?

Acolher Jesus é aceitar esse projeto de justiça e de paz que Ele veio propor aos homens. Esforçamo-nos por tornar realidade o “Reino de Deus”?
Como lidamos com as situações de injustiça, de opressão, de conflito, de violência: com a indiferença de quem sente que não tem nada a ver com isso enquanto essas realidades não nos atingem diretamente, ou com a inquietação de quem se sente responsável pela instauração do “Reino de Deus” entre os homens?

O Evangelho descreve a realização da promessa profética: Jesus é a luz que começa a brilhar na Galileia e propõe aos homens de toda a terra a Boa Nova da chegada do “Reino”. Ao apelo de Jesus, respondem os discípulos: eles serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o “Reino” a toda a terra.

O convite à conversão (“metanoia”) é um convite a uma mudança radical na mentalidade, nos valores, na postura vital. Corresponde, fundamentalmente, a um reorientar a vida para Deus, a um reequacionar a vida, de modo a que Deus e os seus valores passem a estar no centro da existência do homem; só quando o homem aceita que Deus ocupe o lugar que lhe compete, está preparado para aceitar a realeza de Deus… Então, o “Reino” pode nascer e tornar-se realidade no mundo e nos corações.

Para que o “Reino” seja possível, Jesus pede a “conversão”. Ela é, antes de mais, um refazer a existência, de forma a que só Deus ocupe o primeiro lugar na vida do homem. Implica, portanto, despir-se do egoísmo que impede de estar atento às necessidades dos irmãos; implica a renúncia ao comodismo, que impede o compromisso com os valores do Evangelho;
Implica o sair do isolamento e da auto-suficiência, para estabelecer relação e para fazer da vida um dom e um serviço aos outros…
O que é que nas estruturas da sociedade ainda impede a efetivação do “Reino”?
O que é que na minha vida, nas minhas opções, nos meus comportamentos constitui um obstáculo à chegada do “Reino”?

A segunda leitura apresenta as vicissitudes de uma comunidade de discípulos, que esqueceram Jesus e a sua proposta. Paulo, o apóstolo, exorta-os veementemente a redescobrirem os fundamentos da sua fé e dos compromissos assumidos no batismo.
«Arrependei-vos, porque o reino de Deus está próximo».
O texto recorda que a experiência cristã é, fundamentalmente, um encontro com Cristo; é d’Ele e só d’Ele que brota a salvação. A vivência da nossa fé não pode, portanto, depender do carisma da pessoa tal, ou estar ligada à personalidade brilhante deste ou daquele indivíduo que preside à comunidade. Para além da forma mais ou menos brilhante, mais ou menos coerente como tal pessoa anuncia ou testemunha o Evangelho, tem de estar a nossa aposta em Cristo; é n’Ele e só n’Ele que bebemos a salvação; é a Ele e só a Ele que o nosso compromisso batismal nos liga.

Cristo é, de fato, a minha referência fundamental?

É à volta d’Ele e da sua proposta de vida que a minha experiência de fé se constrói?
Em concreto: que sentido é que faz, neste contexto, dizer que só se vai à missa se for tal padre a presidir?
Que sentido é que faz afastar-se da comunidade porque não gostamos da atitude ou do jeito de ser deste ou daquele animador?
Neste contexto, ainda, que sentido fazem os ciúmes, os conflitos, os partidos, que existem, com freqüência, nas nossas comunidades cristãs?
Cristo pode estar dividido?

Porque nós estamos retalhando ainda o corpo de Cristo!
Os conflitos e as divisões não serão um sinal claro de que, algures durante a caminhada, os membros da comunidade perderam Cristo?
As guerras e rivalidades dentro de uma comunidade não serão um sinal evidente de que o que nos move não é Cristo, mas os nossos interesses, o nosso orgulho, o nosso egoísmo?
Há casos em que as pessoas com responsabilidade de animação nas comunidades cristãs favorecem, consciente ou inconscientemente, o culto da personalidade. Não se preocupam em levar as pessoas a descobrir Cristo, mas em conduzir o olhar e o coração dos fiéis para a sua própria e brilhante personalidade.

Foi Paulo quem foi crucificado em benefício dos coríntios?

Deve ficar bem claro que o importante não é quem batizou ou quem anunciou o Evangelho: o importante é Cristo, do qual Paulo, Cefas e Apolo são simples e humanos instrumentos.

Os coríntios são, portanto, intimados a não fixar a sua atenção em mestres humanos e a redescobrir Cristo, morto na cruz para dar vida a todos, como a essência da sua fé e do seu compromisso. Dessa forma, a comunidade será uma verdadeira família de irmãos, que recebe vida de Cristo, que vive em unidade e comunhão.

com minha benção
Pe.Emílio Carlos+

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Para catequizar é preciso ser catequizado


Alguém pode imaginar uma pessoa grosseira e mal-educada no papel de educador? Transmitindo conceitos de boa educação, de cortesia?


Certamente que não! Somente será um bom educador quem é bem educado, quem assume como seus os valores do bom relacionamento entre as pessoas e os põe em prática no seu dia a dia.


Assim, também o catequista deve ser uma pessoa que amadureceu na fé, que compreendeu e assumiu os valores cristãos na própria vida, que dá testemunho do Evangelho com as suas ações cotidianas.


Alguém que é comprometido com a causa do Reino e se coloca a serviço da sua construção.


Um catequista que não sabe dar razão da própria fé, não é um bom educador.


O catequista tem que se dedicar constantemente a aprofundar a própria identidade cristã, buscando o "por quê?" da sua fé, descobrindo a meta da sua caminhada e o objetivo de fazer esse caminho. Por isso sua formação deve ser contínua e permanente.


O "Ser Cristão" tem que ter coerência na vida do catequista, pois do contrário, sua mensagem será vazia de sentido, apenas palavras jogadas ao vento.


Mostrar a saída é condenar a se perder


Quando o catequista se reveste de "sumo sabedor" ou de "dono da verdade" ele pensa que catequizar é dar todas as respostas, mostrar as saídas.


No entanto, quando o catequizando não vivencia as descobertas, não se depara com os desafios, não busca soluções, ficando como mero expectador-ouvinte, ele perde o interesse e deixa cair no esquecimento o que lhe foi transmitido.


Não se pode culpar os catequizandos pela falta de "atenção", é preciso rever o quanto nós, catequistas, estamos lhes dando a oportunidade de descobrirem o caminho que leva a Deus.


O catequista não pode ser como um GPS, que vai mostrando todo o percurso, pois quando ficar sem seu "GPS" ele não saberá por onde seguir.


Ele deve apenas dar o endereço, deixando que o catequizando descubra os vários caminhos a seguir, quais a dificuldades de cada um, qual a distância a percorrer para alcançar seu objetivo e possa escolher o que for melhor.


Somente quem faz a experiência de desbravar os caminhos está capacitado para sobreviver em outras situações semelhantes.


O Catequizando tem que conquistar a sabedoria, ser o autor do seu crescimento, pois só assim saberá viver como cristão.


Questionar para fazer enxergar


Um dos componentes mais importantes nos métodos catequéticos é a visão da realidade.


No método da Catequese Renovada, "Ver-Julgar-Agir-Avaliar-Celebrar", o "Ver" é o ponto de partida para todo o processo. Mas também em outros métodos, mesmo que não seja o ponto de partida, o "ver" é essencial.


O Catequizando tem que enxergar a realidade que o cerca, o contexto sócio-econômico-cultural no qual está inserido para, iluminado pela palavra e pelos valores cristãos, perceber o que não está conforme à vontade de Deus e qual é o próprio papel na transformação da realidade.


Para que isso aconteça, o catequista deve ser um questionador, um perguntador, que abre espaço à curiosidade e faz ir em busca de respostas.


Lançar desafios, solicitar pesquisas, apresentar situações para que sejam solucionadas, propor a comparação entre fatos semelhantes que tenham finais diferentes, enfim usar sempre uma linguagem questionadora para propiciar ao catequizando enxergar com os próprios olhos a realidade e o que nela exige conversão.


O mais importante: saber ou viver


Sempre há, nos grupos de catequistas e até mesmo nas famílias, a preocupação em saber o que se aprendeu na catequese.


Há mães que muitas vezes chegam na comunidade e dizem que seus filhos não aprenderam nada pois ainda não sabem nem mesmo dizer as orações cotidianas de cor.


Avaliar o processo educativo da fé pelo que se conseguiu "decorar", isto é, gravar na mente e repetir sem erros, é um grande equívoco.


O que transforma a vida não é o que fica na memória, mas o que move o coração.


Uma criança pode ter dificuldade para rezar o "Pai Nosso" sem trocar frases ou esquecer palavras, mas deve demonstrar o seu amor a Deus por gestos e ações; ser acolhedora com os companheiros; partilhar seus objetos e brinquedos; saber perdoar e pedir perdão com humildade. Dessa forma, ela não "sabe" o Pai Nosso, mas "vive" o Pai Nosso.


De que adianta saber corretamente, na ordem em que se apresentam os Dez mandamentos, se eles não são vividos no dia a dia?


A catequese tem que ter por base a vivência da fé e não a memorização dos conceitos e doutrinas. A assimilação do conteúdo da fé será tanto mais eficaz quanto mais ele for compreendido e posto em prática.


Aquele que demonstra no seu agir a conversão do próprio coração, esse foi bem catequizado.


Estimular a compreensão da mensagem de Jesus


A mensagem de Jesus deve transformar a vida de seus seguidores. E para isso deve ser bem compreendida. Estimular a compreensão da mensagem exige uma dinâmica que faça com que os catequizandos percebam como vivê-la.


Assim, o catequista deve, depois da leitura do texto bíblico, incentivar os catequizandos propondo alguns exercícios que motivem um olhar diferente sobre a mensagem. A um catequizando poderá propor que faça uma análise desta; a outro que atualize a mesma; a mais um que compare com o que acontece nos dias de hoje; a outro que conte uma história que conhece em que aconteceu algo semelhante.


Dessa forma, todos serão estimulados à compreensão profunda da mensagem e mais ainda à percepção do seu significado para a vida cristã, vivida no dia a dia.


A Catequese não pode nunca se restringir a contar a vida de Jesus, ela tem que ser transformadora, tem que alcançar o âmago da vida dos catequizandos, levando-os à conversão.

Educação na fé pelo coração


A mensagem evangélica só é fixada quando penetra o coração das pessoas. Por isso é muito importante que o catequista cative seus catequizandos e conheça quais são suas experiências sensoriais, sejam elas físicas ou emocionais.


Pois, quando aquilo que está sendo transmitido ecoa no íntimo da pessoa vibrando com as experiências vividas, desencadeia uma nova experiência que ficará guardada para sempre na memória.


Não se pode esperar que os valores cristãos sejam assumidos quando são transmitidos sem emoção e comprometimento. E mais ainda sem que toquem a alma humana.


Jesus não seduziu as pessoas por causa de suas palavras, mas porque vivia o que pregava. Aqueles que o seguiam o faziam porque Ele agia de modo diverso dos outros judeus. Ele acolhia as pessoas, convivia com elas, era solidário, enfim, tocava os seus corações. E isso as cativava a as transformava. Assim como Jesus, os catequistas e as catequistas são responsáveis por cativar antes de anunciar. O Evangelho tem que ressoar nos gestos de amor fraterno.


Fonte de apoio: Blog da Catequese



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Drama do Fim dos Tempos (Padre Emmanuel)

O Drama do Fim dos Tempos - O Império do Anticristo


QUARTO ARTIGO junho de 1885 (Pe. Emmanuel)

O IMPÉRIO DO ANTICRISTO

Visão do profeta Daniel

I

Uma noite, o profeta Daniel teve uma visão terrificante. Enquanto os quatro ventos do céu se combatiam sobre um vasto mar, ele viu surgir do meio das vagas quatro bestas monstruosas.

Eram uma leoa, um urso, um leopardo de quatro cabeças, depois não sei que força prodigiosa, tendo dentes e unhas de ferro, e dez chifres na testa.

Foi revelado ao profeta que estas quatro bestas significavam quatro impérios que se elevariam sucessivamente sobre as vagas movediças da humanidade.

Ora, enquanto Daniel considerava com horror a quarta besta, viu um chifrezinho nascer no meio dos dez outros, abater três, e crescer acima de todos; e este chifre tinha olhos de homem, e uma boca que falava com insolência; fazia guerra aos santos do Altíssimo, e levava a melhor sobre eles. O profeta perguntou o sentido desta estranha visão. Foi-lhe respondido que os dez chifres representavam dez reis; o chifrezinho era um rei que acabaria por dominar sobre toda a terra com inaudito poder. "Vomitará, lhe foi dito, blasfêmias contra Deus, esmagará debaixo dos pés os santos do Altíssimo; ele pensará que pode mudar os tempos e as leis; e tudo lhe será entregue durante um tempo, dois tempos, e a metade de um tempo". (Dn 7).

II

Por este rei todos os intérpretes entendem o Anticristo.

Qual é a besta sobre a qual surgiu, no tempo marcado, este chifre de impiedade? É a Revolução, pela qual se entende todo o corpo dos ímpios, obedecendo a um motor oculto e se insurgindo contra Deus: a Revolução, poder Satânico e bestial; satânico, porque animado por um espírito infernal; bestial, porque entregue a todos os instintos da natureza degradada. Ela tem dentes e unhas de ferro: pois forja leis despóticas por meio das quais esmaga a liberdade humana. Procura apoderar-se dos reis e dos governos, que têm de fazer um pacto com ela. Quando o Anticristo aparecer, ela terá dez reis a seu serviço, como os dez chifres da testa.

O Anticristo, nos diz Daniel, aparecerá como um chifrezinho; terá um começo obscuro. Não sairá da família real; será um Maomé, um Mahdi, que se levantará pouco a pouco pela audácia de suas imposturas, secundadas pela cumplicidade do diabo.

O chifre que o representa é muito diferente dos outros. Tem olhos de homem; pois o novo rei é um vidente, um falso profeta. Tem uma boca que faz grandes discursos; pois se impõe não menos pelo brilho da palavra e a sedução das promessas, do que pela força das armas e das intrigas políticas.

Cedo todo o mundo terá os olhos voltados para o impostor, seus grandes feitos serão celebrados pelas trombetas de uma imprensa complacente. Sua popularidade sombreará a de muitos soberanos apóstatas, que dividirão então entre si o império da besta revolucionária. Seguir-se-á uma luta gigantesca, na qual, segundo Daniel, o Anticristo abaterá todos os seus rivais.

Neste momento todos os povos, fanatizados por seus prodígios e suas vitórias, o aclamarão como o salvador da humanidade. E os outros reis não terão outro recurso que se submeterem a ele.

Este será o começo de uma crise terrível para a Igreja de Deus. Pois o chifre da impiedade, alcançando o auge do poder, fará guerra aos santos e prevalecerá contra eles.

III

É provável que durante esse período que poderá durar muitos anos, o homem do pecado afetará ares de moderação hipócrita.

Judeu, se apresentará aos judeus como o Messias esperado, como o restaurador da lei de Moisés; tentará torcer a seu favor as misteriosas profecias de Isaias e Ezequiel; reconstruirá, no dizer de muitos Padres da Igreja, o templo de Jerusalém. Os judeus, ao menos em parte, ofuscados por seus falsos milagres e seus fausto insolente, o receberão, o falso Cristo; porão a seu serviço a alta finança, toda a imprensa, e as lojas maçônicas do mundo inteiro.

É muito crível também que o Anticristo disporá, para subir, de todos os partidários das falsas religiões. Ele se anunciará como cheio de respeito pela liberdade dos cultos, uma das máximas e uma das mentiras da besta revolucionária. Dirá aos budistas que é um Buda; aos muçulmanos, que

Maomé é um grande profeta. Nada impede que o mundo muçulmano aceite o falso messias dos judeus como um novo Maomé.

O que sabemos? Talvez irá até dizer, em sua hipocrisia, como Herodes seu precursor, que quer adorar Jesus Cristo. Mas isso não passará de uma zombaria amarga. Malditos os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável Salvador seja posto lado a lado com Buda e Maomé, em não sei que panteon de falsos deuses!

Todos esses artifícios, parecidos com a carícia no cavalo do cavaleiro que o quer montar, arrebanharão insensivelmente o mundo para o inimigo de Jesus Cristo; mas uma vez firme nos estribos, usará do freio e das esporas; e a mais terrível tirania pesará sobre a humanidade.

IV

São Paulo nos faz conhecer com um só traço toda a extensão dessa tirania, a mais odiosa que houve e que haverá em todos os tempos.

O homem da perdição, diz ele, o filho da perdição, o ímpio, "se oporá e se levantará contra tudo o que se chama Deus ou que é adorado como Deus, até se sentar no templo de Deus, apresentando-se como se fosse Deus". (2 Ts 2 4).

Daniel tinha predito antes de São Paulo: "Não terá em conta para nada o Deus de seus pais; ele mergulhará em deboches; não terá preocupação com Deus algum, levantar-se-á contra tudo". (Dn 11, 17).

Assim, quando o Anticristo tiver escravizado o mundo, quando tiver colocado em toda parte seus ordenanças e suas criaturas, quando puder puxar à sua vontade todos os fios de uma centralização levada ao extremo: ele tirará a máscara, proclamará que todos os cultos estão abolidos, se aclamará como Deus único e, debaixo das penas mais terríveis e mais infamantes, quererá forçar todos os habitantes da terra a adorar, excluindo qualquer outra, sua própria divindade.

É nisto que desembocará a famosa liberdade de culto da qual se faz tanto alarde; a promiscuidade dos erros exige logicamente esta conclusão.

Enquanto esteve na terra, o adorável Jesus, manso e humilde de coração, nunca se propôs à adoração de seus apóstolos sendo Ele Deus; muito ao contrário, pôs-se de joelhos diante deles e lhes lavou os pés. O Anticristo, monstro da impiedade e de orgulho, far-se-á adorar pela humanidade enlouquecida e seduzida; ela terá escolhido este mestre de preferência ao primeiro.

E não se pense que a armadilha será grosseira! Não esqueçamos, diz São Gregório, que o monstro disporá do poder do diabo para fazer falsos prodígios; ao contrário do começo, quando os milagres estavam do lado dos mártires, parecerá que agora estão do lado dos carrascos. Haverá uma ofuscação, uma vertigem. Somente os humildes, firmes em Deus, distinguirão a mentira e escaparão à tentação.

Mas onde o Anticristo estabelecerá seu novo culto? São Paulo nos diz: no templo de Deus; Santo Irineu, quase contemporâneo dos Apóstolos, esclarece melhor e diz: no templo de Jerusalém que ele fará reconstruir. Este será o centro da horrível religião. São João em outro lugar nos dá a conhecer a imagem do monstro será proposta por toda parte à adoração dos homens. (Ap 13, 24).

Então budismo, islamismo, protestantismo, etc. serão suprimidos e abolidos. Mas não é preciso dizer que o furor do mundo se dirigirá contra Nosso Senhor e sua Igreja. Fará cessar o culto público; desaparecerá, diz Daniel, o sacrifício perpétuo. Só se poderá celebrar a Santa Missa em cavernas e em lugares escondidos. As igrejas profanadas só apresentarão ao olhar a abominação da desolação, a saber, a imagem do monstro elevada aos altares do verdadeiro Deus. (Daniel, pass.). Houve um ensaio dessas coisas na Revolução Francesa.

Aí a mão de Deus se fará sentir. Ele abreviará esses dias de suprema angústia. Essa perseguição, que fará vacilar as colunas do céu, só durará um tempo, dois tempos e a metade de um tempo, a saber, três anos e meio.

QUINTO ARTIGO julho 1885

OS PREGADORES DO ANTICRISTO

Visão de São João

I

Os livros santos que entram em tantos detalhes sobre o homem do pecado, nos fazem conhecer um misterioso agente de sedução que lhe submeterá a terra. Este agente, ao mesmo tempo um e múltiplo, é, segundo São Gregório, uma espécie de corpo ensinante que propagará por toda parte as perversas doutrinas da Revolução.

O Anticristo terá seus ajudantes de ordem e seus generais; possuirá um inumerável exército. Mal se ousa tomar ao pé da letra o número que São João nos dá falando de sua cavalaria (Ap 9, 16). Mas ele terá sobretudo a seu serviço falsos profetas como ele, iluminados do diabo, doutores de mentiras; inimigo pessoal de Jesus Cristo, macaqueará o divino Mestre, cercando-se de apóstolos ao contrário.

Falemos então, segundo São João, destes doutores ímpios que chamaremos pregadores do Anticristo.

II

São João, no capítulo XIII de seu Apocalipse, descreve uma visão parecida com a de Daniel. Ele vê surgir do mar um monstro único, reunindo em si mesmo uma horrível síntese de todos os caracteres das quatro bestas vistas pelo profeta. Este monstro parece o leopardo; tem pés de urso, goela de leão; tem sete cabeças e dez chifres.

Ele representa o império do Anticristo, formado por todas as corrupções da humanidade. Ele representa o próprio Anticristo que é o nó de todo esse conjunto violento de membros incoerentes e díspares.

Chega-se a ver o impostor, com o cortejo de cristãos apóstatas, muçulmanos fanatizados, judeus iluminados, que o seguirá por toda parte.

Ora, enquanto São João considerava esta Besta, viu uma das cabeças ferida de morte; depois a chaga mortal foi curada. E toda a terra se maravilhou com a Besta. Os intérpretes vêm nisto um dos falsos prodígios do Anticristo; um de seus principais ajudantes de ordem ou talvez ele mesmo, aparecerá ferido gravemente, acreditar-se-á que morreu, quando de repente, por um artifício diabólico, se recuperará cheio de vida. Esta impostura será celebrada por todos os jornais, muito crédulos nesta ocasião; o entusiasmo irá ao delírio.

"Então, continua São João, os homens adorarão o dragão que deu o poder à Besta, dizendo; quem é semelhante a ela, e quem poderá pelejar contra ela?".

Assim, tanto o diabo será adorado como o Anticristo; e não será um duplo culto, o primeiro sendo adorado no segundo. São João nos faz assistir em seguida à perseguição contra a Igreja.

"E foi dada à Besta uma boca que proferia coisas arrogantes e blasfêmias; e foi-lhe dado o poder de fazer guerra durante quarenta e dois meses".

Esta é a mesma palavra de Daniel e designa o tempo da perseguição no seu paroxismo. Quarenta e dois meses, é justo três anos e meio.

"E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus para blasfemar o seu nome, o seu tabernáculo e os que habitam no céu".

"E foi-lhe permitido fazer a guerra aos santos e vencê-los. E foi-lhe dado poder sobre toda tribo, e povo, e língua, e nação".

"E adoraram-na todos os habitantes da terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro, que foi imolado desde o princípio do mundo".

"Se alguém tem ouvidos, ouça!".

"Aquele que levar para o cativeiro, irá para o cativeiro; aquele que matar à espada, importa que seja morto à espada. Aqui está a paciência e a fé dos santos". (13, 3-11).

É assim que o apóstolo bem amado descreve a terrível perseguição. A todas as ameaças se juntam todas as seduções; disto resultará um fanatismo delirante que lançará o mundo inteiro aos pés da Besta. Mas todos os assaltos do inferno fracassarão diante da "paciência e a fé dos santos".

III

São João nos pinta em seguida o grande agente de sedução que dobrará os espíritos dos homens ao culto da Besta.

"E vi outra besta que subia da terra e que tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas que falava como o dragão".

"E ela exercia todo o poder da primeira besta na sua presença; e fez que a terra e os que a habitam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal tinha sido curada".

"E operou grandes prodígios, de sorte que até fez descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens".

"E seduziu os habitantes da terra com os prodígios que lhe foi permitido fazer diante da besta, persuadindo os habitantes da terra que fizessem uma imagem da besta, que tinha recebido um golpe de espada e conservou a vida".

"E foi-lhe concedido animar a imagem da besta, de modo que falasse; e forçar a todos os homens, sob pena de morte, a adorar a besta".

"E fará que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, tenham um sinal em sua mão direita, ou nas suas frontes; e que ninguém possa comprar ou vender, exceto aquele que tiver o sinal ou o nome da besta, ou o número de seu nome".

"É aqui que está a sabedoria. Quem tem inteligência, calcule o número da besta. Porque é número de homem; e o número dela é seiscentos e sessenta e seis". (Ap 13, 11-18).

Tal é a segunda parte da profecia de São João. São Gregório interpreta esta misteriosa passagem no sentido, como dissemos, de que o Anticristo terá seu colégio de pregadores e de apóstolos ao contrário. E esses doutores da mentira serão qualquer coisa como nossos sábios modernos, misto de mágico ou espírita.

Eles terão a aparência do Cordeiro. Adotarão na aparência as máximas evangélicas de paz, de concórdia, de liberdade, de fraternidade humana; e debaixo dessas aparências propagarão o ateísmo mais desavergonhado.

Eles terão a aparência do Cordeiro. Apresentar-se-ão como agentes de persuasão, respeitosos para com as consciências; e depois, farão morrer entre tormentos aqueles que se recusarem a ouvi-los.

"Seus ouvintes, diz fortemente São Gregório, serão todos réprobos; sua tática, diz ele ainda, consistirá em proclamar que o gênero humano, durante as épocas de fé, estava mergulhado nas trevas; e saudarão o advento do Anticristo como a aparição do dia e o despertar do mundo" (Mor. in Job. lib. XXXIII).

Essas pregações serão apoiadas por falsos prodígios. Instruídos pelo diabo e por seu agente a respeito de segredos naturais ainda desconhecidos, os missionários do Anticristo espantarão e seduzirão as multidões com toda espécie de sortilégios; farão descer fogo do céu, e farão falar as imagens do Anticristo que terão erigido.

Mas isso não é tudo. Forçarão os homens, sob pena de morte, a adorar essas imagens falantes. Obrigarão os homens a levarem na mão direita ou na testa, o número do monstro. E aquele que não tiver esse número não poderá nem comprar nem vender.

Aí aparece o terrível requinte da suprema perseguição. Aquele que não levar a estampilha do monstro estará por isso mesmo fora da lei, fora da sociedade, passível de morte.

Mas não vemos desde o presente se desenhar alguns ensaios dessa tirania?

O que são todos esses mestres do ensino sem Deus, senão os precursores do Anticristo? A Revolução quer ter seu corpo ensinante, encarregado oficialmente de descristianizar a juventude, e de imprimir na testa de todos, pequenos e grandes, pobres e ricos, a estampilha do Deus-Estado. O ensino obrigatório e leigo não tem outro fim. Já se preparam leis para interditar a entrada nas carreiras públicas de quem não tenha recebido a assinatura das escolas do Estado. No dia em que essas leis abomináveis passarem, pode-se pôr luto pela liberdade humana. Estaremos sob uma tirania sombria, sufocante, infernal. O Anticristo poderá chegar.

Esperemos, a consciência pública é ainda bastante cristã e não suportará tal tortura. Também procura-se, de todas as maneiras possíveis, adormecê-la.

Além disso, que os fiéis se consolem! Todos esses extremos só servirão, nos desígnios de Deus, ao brilho da paciência e fé dos santos.

www.portalanjo.com

Fonte: Rainha Maria


Esta se revelando nos tempos atuais...

Leia abaixo...



http://noticias.gospelprime.com.br/files/2010/07/Igreja-Universal-do-Reino-de-Deus-construir%C3%A1-r%C3%A9plica-do-Templo-de-Salom%C3%A3o-com-pedras-trazidas-de-Israel.jpg

A Igreja Universal do Reino de Deus construirá a réplica do Templo de Salomão, aqui no Brasil, na cidade de São Paulo (SP). Será uma mega igreja, com 126 metros de comprimento e 104 metros de largura, dimensões que superam as de um campo de futebol oficial e as do maior templo da Igreja Católica da cidade de São Paulo, a Catedral da Sé. São mais de 70 mil metros quadrados de área construída num quarteirão inteiro de 28 mil metros. A altura de 55 metros corresponde a de um prédio de 18 andares, quase duas vezes a altura da estátua do Cristo Redentor. Com previsão de entrega para daqui a 4 anos, a obra será um marco na história da Igreja Universal do Reino de Deus.

O complexo também contará com 36 Escolas Bíblicas com capacidade para comportar aproximadamente 1,3 mil crianças, estúdios de tevê e rádio, um auditório para 500 pessoas, além de um estacionamento para mais de mil carros.

Projetado para causar o menor impacto possível ao meio ambiente, o templo será construído com materiais reciclados e regionais de alta tecnologia, que proporcionarão o uso racional da energia, possibilitando a reutilização de água e calor.

Na área externa será feito um memorial com 250 metros quadrados que poderá ser usado como um espaço para exposições e eventos. A ideia seria contar ali não só a história da Igreja, mas também explicar um pouco do funcionamento do templo como obra de engenharia.

De acordo com o arquiteto e autor do projeto, Rogério Silva de Araújo, o empreendimento é arrojado e emprega tecnologia de ponta, para que quando as pessoas entrem no local, viajem pelo tempo e sintam-se como se estivessem no primeiro templo construído por Salomão. “Começando pela fachada, passando pelo átrio e chegando internamente na nave, criamos uma visão de maneira a remeter as pessoas ao passado. Para tanto, estamos nos valendo de toda tecnologia de ponta associada ao bom senso na arquitetura de maneira a não criar este choque de épocas”, diz Araújo.

Ainda dentro da Igreja, uma arca representando a Arca da Aliança será colocada sobre o altar com o objetivo de proporcionar um efeito tridimensional, que, quando aberta, poderá ser observada totalmente em seu interior e também refletirá no batistério, criando a sensação, durante o batismo, de que a pessoa estará se batizando dentro da Arca. Na face frontal do altar serão aplicadas doze pedras representando as doze tribos de Israel, e todo o altar será ladeado por duas colunas diferenciadas chamadas Joaquim e Boaz, nomes também citados na Bíblia. A Igreja será no Brás (zona leste da capital paulista) e terá capacidade para mais de 10 mil pessoas sentadas.

De acordo com o bispo Edir Macedo, o local não será de ouro, mas as riquezas de detalhes empregados em cada parte do templo serão muito parecidas com os do antigo santuário. “Nós encomendamos o mesmo modelo de pedras de Jerusalém que foram usadas por Salomão, pois vamos revestir as paredes do templo com elas. Nós queremos que as pessoas tenham um lugar bonito par buscar a Deus e também a oportunidade de tocar nessas pedras e fazer orações nelas.”, comentou o bispo durante reunião realizada em São Paulo. Ele acredita que a visitação ao Templo não se limitará somente aos fieis da IURD, mas se tornará um ponto turístico e cultural, que atrairá pessoas do mundo todo.

Para o presidente da Juventude Judaica Organizada, Pérsio Bider, a iniciativa poderá promover um melhor entendimento ao povo brasileiro não judaico a respeito de Israel e dos judeus, eliminando preconceitos e o anti-semitismo, ainda presente na sociedade. “Somente por meio do conhecimento mútuo poderemos erradicar qualquer tipo de preconceito ou discriminação por parte de ambos e, assim, trabalharmos juntos no que temos de semelhanças e nos respeitarmos no que pensamos e acreditamos de diferente. Temos muito em comum e precisamos nos unir para que seja possível trabalharmos ativamente em uma sociedade mais justa, positiva e focada em uma coexistência e inter-religiosidade plena, razão pela qual acredito ser muito interessante a iniciativa do bispo Macedo, que entendo amar muito a Terra de Israel e o povo judeu”, afirma Bider.




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